Emprego de meios aéreos não tripulados da Força Aérea em missões de interesse nacional (âmbito não militar)

A evolução dos meios aéreos não tripulados percorreu a história do século XX de forma algo discreta, de acordo com as contingências das guerras, num papel secundário em relação às aeronaves tripuladas. No entanto, na transição para o novo século, nos focos de tensão e conflito mais recentes, estes m...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Miranda, Fernando (author)
Format: other
Language:por
Published: 2016
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.26/12416
Country:Portugal
Oai:oai:comum.rcaap.pt:10400.26/12416
Description
Summary:A evolução dos meios aéreos não tripulados percorreu a história do século XX de forma algo discreta, de acordo com as contingências das guerras, num papel secundário em relação às aeronaves tripuladas. No entanto, na transição para o novo século, nos focos de tensão e conflito mais recentes, estes meios anteriormente denominados Unmanned Aerial Vehicles, passaram a ter uma acção determinante, com a sua tecnologia avançada, sendo hoje autênticos sistemas de armas, cuja nomenclatura passou a ser Unmanned Aircraft Systems (UAS), designando a aeronave não tripulada, sensores e estação de controle em terra para permitir as comunicações. As valências são muitas, exploradas prioritariamente nas missões cujos objectivos são militares, sem que, contudo de esgotem nesta área. Na sequência deste raciocínio, procurou-se saber de que forma a Força Aérea poderá implementar a operação de meios aéreos não tripulados, para missões de reconhecimento, vigilância e apoio à busca e salvamento (search and rescue – SAR), de âmbito não militar. Por ainda não existirem estes meios na Força Aérea em operação regular, iniciou-se esta investigação pela doutrina da North Atlantic Treaty Organization (NATO), transposta nos capítulos seguintes para a nossa realidade, através da conciliação entre as vertentes militar e civil. Sendo as missões descritas no parágrafo anterior de interesse nacional, foram analisadas as várias especificidades de cada uma, de modo a atribuí-las às entidades beneficiárias da sociedade civil que actualmente já usufruem da operação das aeronaves tripuladas. O passo seguinte consistiu em reconhecer o importante trabalho que decorre na área da investigação, na Academia da Força Aérea, através de um projecto consolidado, com três plataformas em desenvolvimento. Com base na matéria investigada, estabeleceram-se os requisitos operacionais, os quais permitiram apurar o UAS mais adequado à operação na Força Aérea, cobrindo todas as missões identificadas. A sua integração passará pela criação de um novo sistema de armas, enquadrado numa estrutura orgânica dependente operacionalmente do Comando Aéreo. Conclui-se que a Força Aérea, além da vertente militar intrínseca, tem capacidade de implementar a operação de meios aéreos não tripulados, para missões de reconhecimento, vigilância e apoio SAR, de âmbito não militar, contribuindo para a concretização dos interesses nacionais, previstos na legislação, com destaque para a Lei Orgânica da Força Aérea e para o Conceito Estratégico de Defesa Nacional. Abstract: The evolution of unmanned aerial platforms crossed the twenty century history has a discrete way, according the war contingences, in secondary place to the crewed aircrafts. However, the transition to new century, on recent places of tension and conflict, these platforms denominated Unmanned Aerial Vehicles in the past, increased the capacities with advanced technology and today are authentic weapon systems, which name change to Unmanned Aircraft Systems (UAS), designation of unmanned aircraft, sensors and a ground control station to allow communications. The capacities are many, explored in priority of military missions, with applications in other areas. This investigation was looking for a way to Portuguese Air Force implementing unmanned aerial platforms in missions of reconnaissance, surveillance and search and rescue (SAR) support, at non military ambit. Because there aren’t UAS at regular operation in Portuguese Air Force this investigation started by North Atlantic Treaty Organization (NATO) doctrine, transposed for our reality through a link between military and civil areas. The missions described at previous paragraph are considered as national interest missions and because of that it was made a specified analysis to impute them at civil beneficed entities that nowadays explore the crewed aircrafts operation. Next step consisted to recognize the important work on investigation area in Portuguese Air Force Academy through a strong project with three aerial platforms at development. All the investigated mater allowed to create the operational requisites for a properly UAS that covers all identified missions. The integration in Portuguese Air Force requires a new weapon system in dependence of Aerial Command. In conclusion beyond military area, Portuguese Air Force has capacity to implement operation of unmanned aerial platforms in missions of reconnaissance, surveillance and search and rescue support, at non military ambit, improving national interest according legislation, specially the Organic Law for Air Force and the National Defence Strategic Concept.