Percepção de fonemas fricativos e oclusivos nas fendas labiopalatinas: estudo de caso

Objetivo: O presente estudo tem como objetivo investigar a perceção dos fonemas fricativos e oclusivos do Português Europeu em crianças com Fendas Labiopalatinas. Método: De forma a estudar a perceção auditiva em crianças com fendas palatinas, bem como investigar a possível correlação existente entr...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Conceição, Ana Cristina Braga da (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2013
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10773/10820
País:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/10820
Descrição
Resumo:Objetivo: O presente estudo tem como objetivo investigar a perceção dos fonemas fricativos e oclusivos do Português Europeu em crianças com Fendas Labiopalatinas. Método: De forma a estudar a perceção auditiva em crianças com fendas palatinas, bem como investigar a possível correlação existente entre a competência articulatória e a capacidade percetiva das mesmas, elaborou-se um método que consistiu essencialmente na obtenção da informação a três níveis: auditivo, articulatório e percetivo. Foram escolhidos os estímulos a serem utilizados e gravados num único registo de voz diferente (voz da autora do estudo). Após a gravação e processamento dos estímulos foi desenvolvida uma aplicação para facilitar a recolha de dados. Após a realização e aplicação da metodologia, foram investigadas várias questões relacionadas com a perceção e articulação dos sons fricativos e oclusivos. As principais questões foram: que tipo de sons eram mais afetados na perceção e na articulação verbal, em qual dos parâmetros de classificação das consoantes se destaca maior interferência na perceção e se é possível verificar a existência de correlação entre os problemas articulatórios e os défices de perceção. Resultados: Os resultados confirmam as dificuldades das crianças com fendas labiopalatinas em percecionar os fonemas oclusivos e fricativos e apresentam os fonemas fricativos como mais difíceis de percecionar, sendo que os fonemas não- vozeados são os de maior dificuldade. Em termos de correlação não foi possível estabelecer uma relação linear entre os dois domínios estudados (articulação e perceção), contudo é importante reter que a percentagem de acertos foi superior na perceção auditiva; que existem grandes diferenças entre a articulação e a perceção para os fonemas fricativos e que os resultados obtidos mostraram ser muito dependentes do sujeito.