Resumo: | As reacções expansivas de origem interna (REOI) no betão, em particular a reacção álcalis-sílica (RAS) e reacção sulfática interna (RSI), são particularmente perigosas já que os seus produtos são extremamente expansivos, o que origina a fissuração do betão contribuindo para a redução da vida útil das estruturas, podendo em casos extremos levar à sua demolição. Acresce que a detecção das REOI é difícil, necessitando de meios de diagnóstico que exigem elevada especialização. Igualmente problemática é a reparação das estruturas afectadas, que além dos elevados custos, acarreta um elevado risco de insucesso. É neste contexto que a mitigação das REOI se torna necessário, nomeadamente com a avaliação dos seus condicionalismos e dos materiais susceptíveis a este tipo de reacções. Particularmente importante é o estudo da influência de diferentes tipos de adições minerais como forma de evitar a ocorrência futura das REOI. Em Portugal, para além das cinzas volantes e metacaulino na RAS e RSI, pouco se conhece sobre a influência de outros tipos de adições minerais na mitigação das REOI. Já as adições do tipo I, nomeadamente o fíler calcário, suscitam dúvidas quanto à sua eficácia. Esta comunicação tem como objectivo dar a conhecer os resultados dum estudo em curso no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) sobre o efeito a médio/longo prazo das adições minerais na inibição das REOI. São discutidos os resultados referentes a ensaios de expansão e da evolução da microestrutura de betões fabricados com diversos tipos de adições minerais e teores de substituição.
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