Qualidade de vida da pessoa portadora de esclerose múltipla

Introdução: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença inflamatória, desmielinizante, imprevisível, de origem desconhecida e para a qual ainda não está disponível tratamento curativo. É a doença crónica neurológica que mais afecta adultos jovens, em idade activa, podendo progredir para situações de níve...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Geraldo, Ana Luísa Cristino Varela (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2014
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.19/1965
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipv.pt:10400.19/1965
Description
Summary:Introdução: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença inflamatória, desmielinizante, imprevisível, de origem desconhecida e para a qual ainda não está disponível tratamento curativo. É a doença crónica neurológica que mais afecta adultos jovens, em idade activa, podendo progredir para situações de níveis variados de incapacidade. Neste sentido, o presente estudo teve como principal objectivo conhecer a percepção de qualidade de vida (QDV), de vulnerabilidade ao stress e de apoio social dos portadores de EM, bem como a influência de variáveis sócio-demográficas, clínicas e psicossociais. Método: Realizou-se um estudo transversal, descritivo-correlacional, de natureza quantitativa, no qual participaram 54 portadores de EM, maioritariamente mulheres (61.1%), casados (72.2%), com uma média de 42 anos, empregados (37.0%), com uma média de idade no início da doença de 33 anos. Para mensuração das variáveis utilizaram-se os seguintes instrumentos: Questionário sócio-demográfico/clínico, Escala da Esclerose Múltipla e Qualidade de Vida, Índice de Barthel, Escala de Vulnerabilidade ao Stress e Escala de Apoio Social. Resultados: No âmbito das variáveis socio-demográficas e clínicas são os portadores de EM entre os 20 e os 31 anos, empregados, com menor idade no início da doença, sem sequelas, com grau de dependência reduzido que apresentam melhor funcionamento físico; são os que apresentam doença associada os que referem maior dor corporal e melhor funcionamento cognitivo; são os que apresentam elevada capacidade funcional que referem melhor funcionamento social; são os que realizam reabilitação que apresentam melhor saúde mental; são os portadores de EM entre os 56 e os 67 anos e com elevada idade no início da doença os que manifestam pior funcionamento sexual; apresentam melhor QDV geral os que se encontram satisfeitos laboralmente. Existem também influências significativas entre QDV e todos os factores da vulnerabilidade ao stress; bem como entre QDV e todos os factores do apoio social (relativamente às variáveis psicossociais). Conclusão: As evidências encontradas vão de encontro a outros estudos e no sentido de reafirmar a importância do estudo da QDV, confirmando-se no nosso estudo que os portadores de EM apresentam prejuízo em relação à população geral portuguesa saudável. Palavras-chave: Esclerose Múltipla, Qualidade de Vida, Grau de Dependência, Stress, Apoio Social.