Retinopatia da Prematuridade numa Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais de referência nacional

Introdução e Objetivo: A retinopatia da prematuridade é uma patologia vasoproliferativa que afeta o recém-nascido prematuro. O objetivo deste trabalho consistiu em analisar os principais fatores de risco da patologia numa unidade de cuidados intensivos neonatais de referência a nível nacional. Mater...

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Bibliographic Details
Main Author: Lopes, Patrícia José Figueiredo (author)
Other Authors: Teixeira, Filipa (author), Santo, Rita Espírito (author), Sousa, Filipa Caiado (author), Rosa, Rita (author)
Format: article
Language:por
Published: 2020
Subjects:
Online Access:https://doi.org/10.48560/rspo.18880
Country:Portugal
Oai:oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/18880
Description
Summary:Introdução e Objetivo: A retinopatia da prematuridade é uma patologia vasoproliferativa que afeta o recém-nascido prematuro. O objetivo deste trabalho consistiu em analisar os principais fatores de risco da patologia numa unidade de cuidados intensivos neonatais de referência a nível nacional. Material e Métodos: Estudo retrospetivo que incluiu todos os recém-nascidos com idade gestacional <32 semanas e/ou peso gestacional ≤ 1500g admitidos na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais do Hospital de Santa Maria de janeiro de 2015 a dezembro de 2017. Determinámos a incidência e analisámos os principais factores de risco associados ao desenvolvimento da doença. Resultados: Incluímos 144 recém-nascidos, 42% desenvolveram retinopatia da prematuridade. A doença foi simétrica em 95% dos casos. O estadio 2 foi o mais frequente (50%) e as zonas II e III as mais envolvidas (98%). A maioria não apresentou doença pré-plus/plus (93%). Um doente teve doença agressiva posterior. O tratamento com laser/antiangiogénicos foi necessário em 10%. Demonstrou-se relação da patologia com os seguintes factores de risco (p<0.05): muito baixo peso ao nascer, menor idade gestacional, hemorragia intracraniana, persistência do canal arterial, displasia broncopulmonar, uso de surfactante/ibuprofeno/concentrado eritrocitário, trombocitopenia, necessidade de transfusão plasmática, sépsis e presença de infeção materna durante gravidez. Discussão: A incidência da patologia foi superior a 1/3 na população de recém-nascidos estudada sendo vários os fatores associados ao seu desenvolvimento. Conclusão: O rastreio oftalmológico e o tratamento precoce das lesões são essenciais para evitar o desenvolvimento de sequelas oftalmológicas.