Validação de protocolo de enfermagem para avaliação e diagnóstico de retenção urinária no adulto

A retenção urinária (RU) no adulto é um diagnóstico de enfermagem frequente em diversas condições patológicas, definindo-se como a incapacidade de esvaziar completamente a bexiga (NANDA International, 2018). Torna-se difícil o seu diagnóstico apenas pela história clínica e pelo exame físico do doent...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Simões, Isabel Maria Henriques (author)
Formato: bookPart
Idioma:por
Publicado em: 2021
Assuntos:
Texto completo:http://web.esenfc.pt/?url=m2CJYrjg
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.esenfc.pt:12210
Descrição
Resumo:A retenção urinária (RU) no adulto é um diagnóstico de enfermagem frequente em diversas condições patológicas, definindo-se como a incapacidade de esvaziar completamente a bexiga (NANDA International, 2018). Torna-se difícil o seu diagnóstico apenas pela história clínica e pelo exame físico do doente, pelo que se recorre com alguma frequência à cateterização vesical (CV), que embora permita determinar com rigor o volume vesical (VV), é um procedimento invasivo pelo que não deve ser considerado um método de primeira linha para diagnóstico de RU. Umer, Ross-Richardson e Ellner (2015) defendem que a ultrassonografia (US) é a estratégia mais adequada para diagnóstico de RU, por ser uma técnica não invasiva que determina com bastante precisão o VV. Os protocolos de enfermagem são um suporte teórico de padronização dos cuidados, que, quando baseados na evidência, são uma valiosa ferramenta para práticas seguras (Pimenta, Pastana, Sichieri, Solha, & Souza, 2015). Desenvolveu-se um estudo metodológico quantitativo, com amostragem não-probabilística, por redes de forma a facilitar a inclusão de profissionais com as características pretendidas. A colheita de dados foi realizada entre setembro e outubro de 2016. Para a validação do protocolo, recorreu-se ao modelo de Fehring e à técnica Delphi, tendo-se obtido um IVC≥0,88 para cada item da versão final do protocolo, pelo que existe suporte empírico para afirmar a sua validade. Com a validação do presente protocolo, os enfermeiros poderão fazer uso de um instrumento que facilite a prestação de cuidados a doentes com risco de desenvolver RU. A presente investigação realça a importância da utilização de protocolos na prestação de cuidados de enfermagem e, enfatiza a relevância do recurso a tecnologia para avaliação dos VV, como a US vesical. A utilização deste dispositivo não invasivo para mensuração de VV, representa uma estratégia preventiva de IACS, na medida em que evita cateterismos urinários desnecessários. Contribui também, para redução no número de algaliações intermitentes, com consequente redução de custos e tempo despendido pelos enfermeiros, além de aumentar a satisfação pelos doentes. O presente protocolo está indicado para contextos de obstetrícia, reabilitação e pós-operatório, no entanto pode ser usado também nas unidades de ortopedia, ginecologia, neurologia, medicina interna e cirurgia, desde que adotados os parâmetros usados nos contextos de reabilitação e de pós-operatório, de acordo com a situação específica de cada doente. Assim, sugere-se a sua implementação nos serviços de reabilitação, ortopedia, UCPA, ginecologia, obstetrícia, neurologia, medicina interna e cirurgia.