Summary: | Em 2014 a Rússia anexou ilegalmente a República Autónoma da Crimeia, iniciando um conflito armado no leste da Ucrânia. Não podendo ficar indiferentes a este ato, a União Europeia e os EUA viram-se na necessidade de aplicar sanções diplomáticas e económicas ao Kremlin, em defesa da Ucrânia. Desde então estas medidas coercivas têm sido prorrogadas a cada seis meses, uma vez que ainda não houve o cessar fogo estipulado nos acordos tripartidos de Minsk. Sendo que as sanções foram incrementadas em defesa de Kiev, visto o interesse geopolítico da UE no território, alguns Estados-Membros têm-se oposto à respetiva continuação, acusando-as de serem prejudiciais à sua economia externa e ao futuro das suas relações comerciais com a Rússia. Esta dissertação procura avaliar como é que uma medida de política púlica, aplicada pela União Europeia a outra nação, pode afetar a economia dos seus Estados-Membros. Neste sentido é exposta uma análise da eficiência e eficácia das medidas restritivas aplicadas, comparativamente com as consequências que os membros da União têm que ultrapassar para apoiar a Ucrânia no conflito com a Rússia. Tendo em conta os contraargumentos dos EstadosMembros em manter as sanções, procurou-se avaliar a capacidade destes cumprirem as directerizes aplicadas pela União, agindo como uma só organização, atendendo aos interesses conjuntos mais do que aos interesses particulares nacionais.
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