Summary: | O Património construído, está sujeito a um constante desgaste dos elementos construtivos e estruturais, desde a sua construção. A agressividade do meio envolvente em que se insere, as características de durabilidade dos materiais constituintes, os excessos cometidos durante a utilização, as deficiências na construção e na conceção, são alguns exemplos de causas comuns que, de forma isolada ou conjugada, resultam numa deterioração das edificações ao longo da sua vida. Para além destes exemplos, acresce a degradação imediata dos elementos da edificação, decorrentes de ações acidentais, normalmente de origem externa às construções. As intervenções de manutenção, de reparação e de reabilitação são necessárias para restituir as condições iniciais de segurança, funcionalidade e salubridade às edificações afetadas. No entanto, muitas das decisões sobre as medidas a implementar suportam-se em pressupostos técnicos incorretos, por ausência de uma avaliação prévia tecnicamente fundamentada, realizada à edificação ou sua parte. A falta desta informação resulta em deficientes intervenções, com consequências indesejadas. Por este motivo, as inspeções técnicas às edificações revestem-se de grande importância no âmbito da manutenção do património construído, seja residencial, comercial, industrial ou de outro tipo de utilização. As inspeções permitem um conhecimento técnico rigoroso, do estado de conservação, o diagnóstico de ocorrências e a opção por intervenções mais adequadas. A inspeção de edificações, não se pode dissociar da realização de testes e ensaios, que se encontram ao dispor das equipas técnicas, que podem recorrer às tecnologias atuais, possibilitando uma base sólida e científica para as avaliações dos elementos constituintes e materiais. Neste âmbito é importante saber definir os parâmetros a avaliar, os critérios de uma amostragem válida e também a seleção de equipamentos e o seu controlo.
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