Summary: | O “boom” turístico pós-segunda Guerra Mundial marcou um ponto determinante para o turismo da era contemporânea, tornando-o um produto acessível à maioria da população e não apenas para as classes socais com mais poder económico. No final do século XX, o turismo mundial era dominado por um tipo de turismo massificado. O turismo refletia o estilo de vida das sociedades ocidentais desenvolvidas, onde o ritmo acelerado dominava e a quantidade era valorizada em detrimento da qualidade (Timms & Conway, 2012). O uso do avião para as deslocações turísticas tornou-se padronizado e excessivo, sendo atualmente, o meio de transporte que mais contribui para as emissões de dióxido de carbono (Hall, 2009). Segundo Simpson, Gössling, Scott, Hall e Gladin (2008), a indústria mundial do turismo contribui entre 5% e 14% para as emissões de gases de efeito de estufa. O mundo precisava abrandar, e é então que, em 1986, surge o movimento Slow, que tenta contrariar toda esta instabilidade, lutando pela sustentabilidade socioeconómica das pequenas localidades, pela identidade cultural e pelo respeito pela natureza (Pietrykowski, 2004). O movimento Slow Tourism é um segmento de mercado emergente e em clara expansão (Lumdson & Macgrath, 2011; Mintel International Group Ltd, 2009), sendo este tipo de turismo uma alternativa credível aos atuais produtos turísticos de sol e praia e turismo cultural (Lumsdon & Mcgrath, 2011). Em 2007, na World Travel Market em Londres, foi previsto que o Slow Tourism iria crescer a uma média de 10% ao ano na Europa ocidental. De forma a aprofundar e conhecer o tema abordado, foi necessária uma análise do movimento Slow, mais concretamente o movimento Slow Cities ou Cittaslow, que para Mayer e Knox (2006), é uma das principais alternativas slow estabelecidas na sociedade.
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