Summary: | Este trabalho situa-se no contexto do aumento contínuo do envelhecimento populacional em Portugal. O aumento da esperança de vida, as transformações no individuo a nível biopsicossocial, são evidenciados ao longo de todo o processo do envelhecimento e os estudos gerontológicos, as teorias do envelhecimento tentam indicar o fator principal deste fenómeno que é envelhecer. Com o objetivo de analisar o autoconhecimento e perceber como a transição do ciclo de vida (da residencia das pessoas idosas para as unidades residenciais) afeta os hábitos, costumes crenças, isto é, sua identidade pessoal, destas pessoas. Pretendemos responder à seguinte questão: A institucionalização das pessoas idosas transforma a sua identidade pessoal? Sabemos que a identidade atribuída refletida e a representação social cruzam-se com as auto perceções, com a identidade construída e espelhada e com o social que é prefigurada sobre o envelhecimento que a sociedade estereotipou ao logo dos anos, isto é, como os outros me vêm e como eu me vejo a mim. Em relação à metodologia utilizada, optamos por uma abordagem qualitativa, por se considerar que as temáticas em estudo seriam valorizadas através de uma investigação que desse voz aos participantes. A técnica utilizada foi a entrevista semiestruturada na recolha de dados e para este efeito foram entrevistadas oito pessoas idosas, três do sexo masculino e cinco do sexo feminino com profissões diversas, advindos de diferentes regiões do país, e com idades compreendidas entre os 65 anos e os 97 anos e residentes numa URPI no conselho de Cascais. Concluísse que a pessoa idosa tem sua identidade pessoal atribuída refetida afetada sim pela institucionalização, porém não tem nenhum interesse em transformar sua identidade pessoal espelhada, pelo contrário, tentam guarda como um grande tesouro que conquistou em sua trajetória de vida.
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