Caracterização da consulta aberta de uma Unidade de Saúde Familiar: quem, quando e porquê?

Introdução: A consulta aberta (CA) destina-se à resolução de situações agudas, urgentes ou que necessitem de rápida resolução, existindo poucos estudos que a caracterizem. O presente estudo tem como objetivo a caracterização da CA médica de uma Unidade de Saúde Familiar (USF) relativamente aos seus...

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Bibliographic Details
Main Author: Rocha,Hugo (author)
Other Authors: Braga,Raquel (author), Cavadas,Luís Filipe (author), Miranda,Ana (author), Neves,Ângela (author), Silva,Carla (author), Faria,Sofia (author), Martins,Sílvia Colmonero (author), Cordeiro,Cátia (author), Teixeira,Cristiana (author), Fernandes,Sofia (author), Oliveira,Rita (author), Oliveira,Maria Inês (author), Silva,Catarina Henriques (author)
Format: other
Language:por
Published: 2020
Subjects:
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732020000200013
Country:Portugal
Oai:oai:scielo:S2182-51732020000200013
Description
Summary:Introdução: A consulta aberta (CA) destina-se à resolução de situações agudas, urgentes ou que necessitem de rápida resolução, existindo poucos estudos que a caracterizem. O presente estudo tem como objetivo a caracterização da CA médica de uma Unidade de Saúde Familiar (USF) relativamente aos seus utilizadores, padrão de afluência, motivos de consulta e sua adequação. Métodos: Realizou-se um estudo observacional, transversal e analítico, de uma amostra por conveniência de CA realizada durante uma semana por mês, aleatória, entre 01.06.2015 e 31.05.2016. Aplicou-se um questionário elaborado pelos autores e procedeu-se à análise descritiva e exploratória dos dados. Resultados: Recolheram-se dados de 1171 CA (taxa de participação de 63%). A maioria dos utentes era do sexo feminino (62%), com 40-44 anos (9,5%; p<0,001) e isenta de taxa moderadora (57,9%; p<0,001). A maior afluência verificou-se em julho e agosto de 2015, e março de 2016 (p<0,001), à segunda-feira (23%) e às 9, 11, 14 e 15 horas (p<0,001). Foram considerados adequados 88% dos motivos de consulta. Discussão: Apesar de limitações na colheita de dados, o desenho do estudo é robusto (tamanho e seleção amostral, teste piloto). As principais conclusões apontam para a necessidade de adequar a resposta nos períodos de maior afluência e aumentar a oferta de CA dos médicos de família. Este estudo poderá constituir um ponto de partida para melhorias na resposta em CA noutras unidades funcionais inseridas noutros contextos sociodemográficos.