Resumo: | É nossa convicção que o grande desafio da docência é o de lidar de forma adequada com a diversidade existente nos mais variados contextos educativos. A diversidade de níveis de aprendizagem e de desenvolvimento, a diversidade de níveis de bem-estar emocional e de implicação exigem a mobilização de diferentes metodologias e estratégias de ensino e de aprendizagem. Atender a todas e a cada uma das crianças recorrendo à diferenciação pedagógica foi o desafio que abraçámos na nossa prática pedagógica, junto de uma turma do 2.º ano de escolaridade e de um grupo de crianças do Pré-Escolar, no âmbito do Mestrado em Educação Pré- Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico. No nosso estágio, deparámo-nos com dois grupos de crianças bastante heterogéneos, com diferentes características de desenvolvimento, com ritmos de aprendizagem variados e com níveis gerais de bem-estar emocional e de implicação muito distintos. Assumindo o papel de professora/educadora investigadora, desde sempre me defrontei com a questão: como posso responder bem a todas as crianças? Como desenvolver uma prática pedagógica mais inclusiva? Considerando estas questões, procurámos formas de trabalho que auxiliassem e conduzissem a práticas mais inclusivas e respeitadoras de cada criança, uma vez que o uso de uma única metodologia era insuficiente para responder a todas as crianças. As sessões de intervenção foram planificadas e dinamizadas procurando atender aos interesses e sugestões de todas as crianças. No final do período de estágio, verificou-se que os níveis gerais de bemestar emocional e de implicação de ambos os grupos subiram, verificandose igualmente melhorias ao nível das aprendizagens e do desenvolvimento da maioria das crianças. Compreendemos que a qualidade das relações estabelecidas e a qualidade das práticas pedagógicas resultam de uma atitude de empatia e de um esforço de adequação das diferentes atividades às crianças. Estas atitudes são inerentes ao processo de diferenciação pedagógica, sendo que a procura das melhores respostas a cada criança é algo incessante e sempre inacabado. Um desafio permanente!
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