Resumo: | As relações comerciais presentes no mercado elétrico português têm sofrido várias transformações, verificando-se um afastamento ao longo dos anos da intervenção do Estado Português. A adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1985, possibilitou a criação de medidas que permitiram a livre concorrência dos intervenientes da produção e comercialização de energia elétrica, consubstanciando a abertura do setor, produzindo eletricidade de forma distribuída a qualquer cidadão ou empresa. (1). Atualmente, verifica-se a completa liberalização do setor, sendo possível, independentemente da potência contratada, que qualquer cliente escolha o seu fornecedor de energia. Assim, à semelhança de outros países europeus, foi criada uma figura de mercado no desígnio de facilitar as relações comerciais entre produtor e comercializador (vulgo agente de negociação). Este agente de negociação, aquando em ambiente de mercado, é conhecido como agente agregador, que minimiza custos ao comercializador e maximiza os proveitos dos produtores. O agregador terá de conhecer o perfil energético e o risco associado a cada produtor, calculando a previsão resultante da sua negociação de venda no mercado ibérico. Dito isto, a presente dissertação tem como desígnio o desenvolvimento de um sistema capaz de auxiliar a previsão da produção de energia através de fontes renováveis, cuja aplicação seja útil para a redução de desvios energéticos.
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