Summary: | O lançamento da série televisiva da Netflix, 13 Reasons Why, causou grande impacto e inquietação pública face ao risco de contágio suicida entre adolescentes, particularmente adolescentes vulneráveis a pensamentos suicidas. Investigadores e especialistas na área da saúde mental manifestaram apreensão sobre a série televisiva pelo seu aparente elogio ao suicídio e por supostamente aumentar o risco de suicídio entre adolescentes vulneráveis. No entanto, faltam evidências para a influência do conteúdo de ficção na automutilação. Pouco se sabe sobre as mudanças dos efeitos dos média, particularmente sobre a ficção. A presente dissertação tem como base o estudo de caso da série televisiva 13 Reasons Why e argumenta sobre a suposição de que o risco de automutilação/suicídio é reduzido pelo controlo da produção do conteúdo na ficção televisiva, dando foco à responsabilidade moral e ética da Netflix. Censurar a ficção pode fazer mais mal do que bem? Terão os produtores de ficção a responsabilidade de criar conteúdos de prevenção e não glorificação do suicídio para proteger os jovens mais vulneráveis? Poderá a ficção ajudar campanhas de prevenção ao suicídio, pais, professores e profissionais de saúde mental a comunicar e compreender melhor os jovens?
|