Resumo: | As mudanças que se têm vindo a verificar na sociedade e nas estruturas familiares repercutem-se inevitavelmente na vida da escola. Nesta medida, e partindo da necessidade de tornar a escola um espaço aberto à participação de todos, de modo a tornar o ensino mais rico e potenciador de sucesso, os pais são cada vez mais elementos de intervenção fundamentais em todo este processo. Para compreendermos, enquanto educadores, a relação que se estabelece entre os pais e o jardim-de-infânica, a nossa investigação norteou-se por uma metodologia de estudo de caso e desenvolveu-se tendo como objectivo perceber qual a frequência de participação parental no jardim-de-infância. Utilizámos a tipologia de participação definida por Joyce Epstein (1987), tendo como vectores de análise as expectativas, a iniciativa e o tipo de participação dos pais e ainda a valorização que os filhos fazem desse envolvimento parental. Esta investigação contou com a participação de 156 pais, que corresponderam a um inquérito por questionário, posteriormente alvo de tratamento estatísitco com análise de significância e análise de conteúdo, que nos permitiu tirar importantes conclusões. Estas dão conta que os pais reconhecem o trabalho que o jardim-de-infânica desenvolve no sentido da sua participação, monstrando-se satisfeitos com o mesmo. Certo é que, para tal, também contribui a valorização que os filhos fazem da sua participação. A utilização da referida tipologia levou-nos a inferir que os tipos que ocorem com mais frequência são os que se referem às obrigações, quer familiares, quer do jardim-de-infância. Reforçamos a necessidade de existir um empenho da escola e dos pais para que ocorra uma efectiva participação, tornando-se pertinente abordar formas de potenciar esta relação por forma a uma maior eficácia do ensino. Assim, e após apresentação do estudo realizado nos jardins-de-infância e respectivas conclusões, levantámos algumas questões que poderão constituir pontos de partida para outras investigações.
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