Summary: | A urbanização das zonas costeiras sofreu um grande aumento nas últimas décadas, causando uma grande pressão sobre o ambiente e os recursos. O aumento da população levou ao aumento da procura de habitações o que, por sua vez, resultou numa urbanização pouco planeada e desorganizada – levando à destruição e degradação do meio ambiente. Este tipo de urbanização extensa e dispersa é conhecida como dispersão urbana. No sentido de contradizer os impactes negativos da dispersão urbana nas zonas costeiras, surge a necessidade de pôr em prática um desenvolvimento urbano sustentável. Tal pode ser conseguido através da implementação de legislação e politicas focadas na realização de objetivos sustentáveis. Em Portugal, uma dessas políticas é o Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT). Vários modelos de uso do solo têm sido desenvolvidos no sentido de avaliar as mudanças de uso de solo históricas e futuras. No entanto, poucos são os modelos usados para avaliar de que forma os planos de ordenamento de território contribuem para uma urbanização sustentável e os seus impactes sociais, económicos e ambientais. Este estudo tem como principal objetivo a avaliação do Plano Regional de Ordenamento do Território para a região de Aveiro (o PROT-Centro), através do modelo SULD (Sustainable Urbanizing Landscape Development), com o intuito de perceber até que ponto este plano contribui para a urbanização sustentável da região. Tendo em conta uma perspetiva de desenvolvimento sustentável, os resultados demonstram que, apesar do cenário integrado não ser a pior opção, também não é a melhor. Nesta perspetiva, os resultados do cenário ambiental demonstram ser a melhor opção para um desenvolvimento urbano sustentável, observando-se benefícios ambientais (através da proteção e apreciação das amenidades ambientais), bem como benefícios ao nível social e económico (através da maior concentração urbana, preço de habitação e valor total do imobiliário na região), contradizendo a problemática de dispersão urbana e os seus impactes negativos. No sentido do cenário integrado ser uma opção mais viável, deveria ser limitada a zona de construção e mantidos os aspetos ambientais da paisagem.
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