Autoconceito, disrupção e interesses

O presente estudo visa analisar a relação existente entre o autoconceito, a disrupção escolar e os interesses vocacionais, tendo a revisão da literatura verificado que o autoconceito se encontr relacionado com as diversas áreas de desenvolvimento dos jovens, desde a pessoal, passando pela escolar, a...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Vicente, Rita Heloísa de Sousa (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2014
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10773/12641
Country:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/12641
Description
Summary:O presente estudo visa analisar a relação existente entre o autoconceito, a disrupção escolar e os interesses vocacionais, tendo a revisão da literatura verificado que o autoconceito se encontr relacionado com as diversas áreas de desenvolvimento dos jovens, desde a pessoal, passando pela escolar, até à profissional. É apontado por diversos autores que o baixo autoconceito pode prejudicar o processo de aprendizagem, uma vez que, por regra, se encontra associado à disrupção escolar, ou, inclusive, à limitação das escolhas vocacionais dos jovens, pela perceção enviesada de autoeficácia ostentada pelos mesmos. Visando estudar esta relação foi solicitado a 192 alunos o preenchimento do Piers-Harris Children’s Self-Concept Scale (PHCSCS V1-6), que permite avaliar o autoconceito e do Questionário de Identificação Escolar, formulado especialmente para este estudo e que possibilita a recolha de informação sobre a disrupção escolar, medidas corretivas, aspirações profissionais e interesses vocacionais. Os resultados indicaram que o autoconceito se relaciona com as variáveis sociodemográficas, sendo que os jovens do sexo masculino, mais novos e com um maior nível socioeconómico apresentam um autoconceito mais elevado. Em relação à disrupção escolar verifica-se que os jovens com medidas disciplinares ostentam um autoconceito inferior principalmente em relação à perceção que têm sobre as suas competências cognitivas, contudo os dados sugerem ainda que os mesmos podem obter ganhos secundários com a prática destes comportamentos especialmente na interação com os pares. Por sua vez, e referente aos interesses, os dados obtidos foram de encontro ao esperado reforçando a relação entre o autoconceito e a perceção de eficácia dos jovens, o que os leva a investir menos no seu projeto vocacional ou redefenir os seus interesses para áreas que acreditam ser mais simples quanto menor for o seu autoconceito. Tal apoia a existência de uma relação entre estes construtos e a necessidade de uma maior exploração dos mesmos para a promoção do desenvolvimento escolar e profissional dos jovens num contexto cada vez mais competitivo.