Inventário de Pádua: Desenvolvimento e estudo das propriedades psicométricas de uma versão reduzida

O Inventário de Pádua (IP) é um instrumento de autorresposta, constituído por 60 itens, que avalia a sintomatologia obsessivo‐compulsiva. Trata‐se de um instrumento extenso cuja versão original já foi alvo de três revisões, sendo os resultados alcançados considerados satisfatórios. Neste contexto, o...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Galhardo, Ana (author)
Outros Autores: Santos, Diana (author), Massano-Cardoso, Ilda (author), Cunha, Marina (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2020
Assuntos:
Texto completo:http://repositorio.ismt.pt/jspui/handle/123456789/1061
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ismt.pt:123456789/1061
Descrição
Resumo:O Inventário de Pádua (IP) é um instrumento de autorresposta, constituído por 60 itens, que avalia a sintomatologia obsessivo‐compulsiva. Trata‐se de um instrumento extenso cuja versão original já foi alvo de três revisões, sendo os resultados alcançados considerados satisfatórios. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo desenvolver uma versão reduzida do IP (IP‐R), bem como estudar a sua estrutura fatorial e as respetivas características psicométricas. Numa primeira etapa e recorrendo à amostra do estudo original da versão portuguesa (N = 604), procedeu‐se à eliminação de itens com base nos critérios psicométricos habitualmente usados para este efeito e na análise de componentes principais. Nesta sequência foi alcançada uma versão do IP‐R composta por 22 itens, distribuídos por 5 subescalas: 1‐ Dúvida, 2‐ Pensamento mágico, 3‐ Sujidade/Contaminação/Lavagem, 4‐ Verificação repetida e 5‐ Necessidade de ordem/simetria, tendo‐se observado a existência de uma correlação forte entre o IP‐R e o IP. Numa segunda etapa e recorrendo a uma amostra de 338 sujeitos da população geral, efetuou‐se a análise fatorial confirmatória do modelo de 5 fatores do IP‐R, tendo sido excluído mais um item. A análise fatorial confirmatória da versão de 21 itens agrupados em 5 fatores demonstrou uma boa qualidade de ajustamento do modelo. No que diz respeito à consistência interna, calculada através do alfa de Cronbach e da fiabilidade compósita, esta revelou‐se muito boa. A análise da fiabilidade teste‐reteste apontou uma estabilidade temporal apropriada. Quanto à validade convergente o IP‐R apresenta uma correlação forte com o Inventário Obsessivo de Coimbra, que também avalia sintomatologia obsessivo‐compulsiva. Relativamente à validade divergente, o IP‐R revelou correlações moderadas com as Escalas de Ansiedade, Depressão e Stress. Em síntese, o IP‐R revelou ser uma medida de autorresposta válida e fidedigna para avaliação de sintomas obsessivo‐compulsivos, tendo a vantagem, por comparação com a sua versão mais longa, de ser de rápida administração, o que lhe confere utilidade, quer no âmbito da investigação, quer da clínica.