A construção do trágico em A sereia, de Camilo Castelo Branco

A Sereia é uma das várias novelas passionais escritas por Camilo Castelo Branco. Este tipo de narrativa camiliana é caracterizado pelo conflito entre os protagonistas que pretendem viver o seu direito a amar e as regras impostas quer pela família, quer pela sociedade, quer mesmo pela religião. Daqui...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Ressurreição, Jorge Filipe de Araújo da (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2015
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10451/15694
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ul.pt:10451/15694
Descrição
Resumo:A Sereia é uma das várias novelas passionais escritas por Camilo Castelo Branco. Este tipo de narrativa camiliana é caracterizado pelo conflito entre os protagonistas que pretendem viver o seu direito a amar e as regras impostas quer pela família, quer pela sociedade, quer mesmo pela religião. Daqui resulta uma narrativa plena de processos que visam demonstrar e intensificar o sofrimento resultante da situação, que não raro termina com a morte dos heróis. A Sereia tem ainda a característica de ter como fonte um manuscrito do século XVIII, descoberto no princípio do século XX. O objectivo do nosso trabalho é analisar a construção do trágico nesta novela, não descurando nem a tradição grega, nem a tradição romântica da tragédia. O estudo encontra-se estruturado em dois capítulos fundamentais: no primeiro, ter-se-á em conta as questões teóricas do estudo da tragédia e do trágico, na tradição grega e na tradição romântica, separadamente; no segundo capítulo, a atenção recairá sobre o estudo d’A Sereia. Atentar-se-á primeiramente no narrador, bem como na condução de leitura que este realiza e os processos utilizados para comprovar a verdade do que narra. Outros elementos exteriores às categorias trágicas, mas que auxiliam na construção do trágico, serão analisados, como os paratextos da novela camiliana. Seguidamente, analisaremos quatro categorias trágicas e a construção destas na novela dada à estampa em 1865.