À espera no hospital: onde param os seus olhos?

Este estudo tem como objetivo perceber para onde se dirige o olhar dos indivíduos que aguardam a chamada do médico, sentados numa sala de espera de hospital. Queremos saber que elementos decorativos atraem a atenção visual dos pacientes, quando se encontram numa situação de incerteza em relação à su...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Cruz, Joana Catarina Peres (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2014
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10071/7672
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/7672
Description
Summary:Este estudo tem como objetivo perceber para onde se dirige o olhar dos indivíduos que aguardam a chamada do médico, sentados numa sala de espera de hospital. Queremos saber que elementos decorativos atraem a atenção visual dos pacientes, quando se encontram numa situação de incerteza em relação à sua condição de saúde. Estamos interessados, concretamente, em dois elementos decorativos: quatros de pintura abstrata – porque aumentam a ansiedade – e plantas, que auxiliam no controlo da ansiedade. Conduzimos uma experiência assente no cenário projetado de uma sala de espera, onde colocámos uma planta e um quadro de pintura abstrata. Utilizámos uma ferramenta para medir os movimentos oculares (eye tracker), de forma a perceber para onde se dirige a atenção visual dos indivíduos (n = 49) durante a situação de espera simulada. Os resultados mostraram que os participantes fixaram mais vezes o quadro durante o período de visualização do cenário. Mostraram ainda que os participantes que olharam mais frequentemente para a planta, revelaram menor desconforto no final. Concluímos, então, que o quadro de pintura abstrata foi, inequivocamente, o elemento ao qual os participantes deram mais atenção visual. Percebemos também que olhar para a planta permitiu que, mesmo sem consciência disso, os participantes revelassem menos desconforto. Defendemos, portanto, que é importante não só a existência de elementos decorativos numa sala de espera, mas também que estes sejam efetivamente vistos e perscrutados, implicando que se encontrem dentro do campo de visão dos indivíduos em espera no recurso a um serviço de saúde não urgente.