Resumo: | O índice de desenvolvimento de um país está diretamente relacionado com o bom desempenho na literacia da leitura. Contudo, estudos nacionais e internacionais revelam que os índices de leitura dos portugueses ficam muito aquém dos registados em países desenvolvidos. Nas escolas, os professores confrontam-se com o baixo desempenho na leitura dos seus alunos. Assim, a sua capacidade de usar a leitura e a escrita como forma de adquirir conhecimentos, de desenvolver capacidades e de participar ativamente na sociedade fica comprometida. A promoção da leitura torna-se essencial para envolver toda a comunidade neste desígnio estratégico de desenvolvimento social e pessoal. Assim, o presente estudo pretendeu investigar formas de promoção da leitura e, através de uma revisão da literatura, tentamos aproximar-nos do seu conceito percorrendo o trilho da história do livro. Em seguida, percecionamos o modo como a mesma é interpretada por especialistas na área da psicologia cognitiva da leitura, por escritores, poetas e ensaístas. Para delinearmos os caminhos que teremos de percorrer para melhorar o nosso desempenho na área da literacia da leitura, verificamos o nosso posicionamento nos rankings internacionais da literacia da leitura e analisamos as medidas que as instâncias governamentais implementaram para a promover, bem como, enumeramos alguns projetos de leitura aplicados em países cujo índice de desempenho na mesma fica muito acima do registado em Portugal. Em seguida, refletimos sobre o papel da escola, do professor e dos recursos na equação que obrigatoriamente se tem de fazer no processo ensino-aprendizagem vigente, no sentido de alterar o que perece ser uma inevitabilidade. Finalmente, procuramos complementar este estudo com a aplicação de dois questionários, um exploratório e outro complementar, ambos construídos tendo por base o conceito de ler, leitura e livros que os nossos alunos conceptualizaram. Centrando-nos no contributo que os mesmos podem dar no processo ensinoaprendizagem, uma vez que estes atuam e manifestam comportamentos operantes e até de decisão afetando não só a sua aprendizagem, como a daqueles com quem estão em comunicação.
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