Summary: | Esta dissertação centra-se na volatilidade eleitoral nas democracias europeias entre 1945 a 2012. A volatilidade é um fenómeno cada vez mais estudado na europa e noutras regiões do mundo, dada a sua importância em termos de consequências para os sistemas políticos. Ambiciona-se saber quais os níveis de volatilidade eleitoral na União Europeia e, do ponto de vista agregado, o que explica a volatilidade eleitoral nas 28 democracias europeias entre 1945 até 2012? De modo a responder a esta questão de pesquisa analisámos 343 eleições de 28 estados-membros e considerámos a maioria dos preditores apontados na literatura como explicativos para a volatilidade eleitoral: características do sistema partidário, atributos do sistema eleitoral, características do sistema político em geral e indicadores socioeconómicos. Através de análises descritivas bivariadas foi possível determinar que existem diferenças assinaláveis entre as regiões europeias, e que a Europa central e oriental regista os maiores níveis de volatilidade. As análises multivariadas, em particular através de regressões lineares múltiplas, com os erros estandardizados robustos agrupados pelo país, permitiram determinar quais as dimensões que explicam estas diferenças: a dimensão política (longevidade da democracia) e a dimensão socioeconómica (índice de desenvolvimento humano, índice de gini e taxa do crescimento real do PIB).
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