Estudo da degradação anaeróbia do efluente de indústrias de mobiliário

O objeto deste trabalho está relacionado com a dependência atual de combustíveis fósseis para a produção de plástico e com as crescentes preocupações ambientais relativas à sua deposição no meio ambiente, pois são um material de difícil degradação. Estes problemas associados aos plásticos, têm resul...

ver descrição completa

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Caramelo, Marta Sofia Almeida (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2013
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10773/10212
País:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/10212
Descrição
Resumo:O objeto deste trabalho está relacionado com a dependência atual de combustíveis fósseis para a produção de plástico e com as crescentes preocupações ambientais relativas à sua deposição no meio ambiente, pois são um material de difícil degradação. Estes problemas associados aos plásticos, têm resultado na investigação e desenvolvimento de materiais biopoliméricos que são de fácil biodegradação. Então este trabalho tem como objetivo principal, estudar a aplicabilidade da digestão anaeróbia do efluente de indústrias de mobiliário para a produção de substratos utilizáveis na síntese de biopolímeros ou para a produção de metano, utilizando reatores descontínuos (batch). Um outro objetivo deste trabalho é avaliar a biodegradabilidade anaeróbia do efluente de indústrias de mobiliário. Neste âmbito foram realizados três ensaios com diferente razão F/M, onde cada um deles foi composto por três reatores acidogénicos descontínuos onde a única variável entre eles foi a alcalinidade. As razões F/M operadas neste trabalho foram 1,4, 2,19 e 4,7 para o 1º, 2º e 3º ensaio respetivamente. No 1º ensaio as alcalinidades escolhidas foram 0, 2 e 4 g CaCO3/L e para o 2º e 3º foram 0, 2 e 5 g CaCO3/L. Os ensaios foram operados a uma temperatura mesofílica (37°C). O efluente é biodegradável, apresentando valores de biodegradabilidade superiores no 1º ensaio, aproximadamente 40%. O valor máximo do total de ácidos orgânicos voláteis (AOV’s) é alcançado nas primeiras horas de operação de cada ensaio, sendo o ácido acético e o ácido propiónico os AOV´s predominantes. No início de cada ensaio são atingidas percentagens próximas da composição de mistura de AOV’s adequada para a produção de biopolímeros com boas qualidades termoplásticas. O grau de acidificação apresenta o seu valor máximo, 33%, no 3º ensaio.