Relatórios finais de estágio versus investigação em educação: desafios e práticas

O atual regime jurídico da habilitação profissional para a docência na educação pré-escolar e nos ensinos básico e secundário foi aprovado pelo Decreto-Lei n.º 43/2007, de 22 de fevereiro, e, mais tarde, atualizado pelo Decreto-Lei n.º 79/2014, de 14 de maio. Os novos normativos introduziram alteraç...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Pires, Manuel Vara (author)
Formato: conferenceObject
Idioma:por
Publicado em: 2021
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10198/23108
País:Portugal
Oai:oai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/23108
Descrição
Resumo:O atual regime jurídico da habilitação profissional para a docência na educação pré-escolar e nos ensinos básico e secundário foi aprovado pelo Decreto-Lei n.º 43/2007, de 22 de fevereiro, e, mais tarde, atualizado pelo Decreto-Lei n.º 79/2014, de 14 de maio. Os novos normativos introduziram alterações profundas na formação inicial docente, que passou a estruturar-se em dois ciclos, um primeiro ciclo correspondente à Licenciatura em educação básica e um segundo ciclo relativo ao mestrado profissionalizante. Uma das áreas de formação a que é dado um particular destaque é a iniciação à prática profissional, que culmina, no mestrado, com a “prática de ensino supervisionada”, correspondente ao “estágio de natureza profissional objeto de relatório final”, a apresentar e defender em provas públicas. Não é adiantado qualquer enquadramento para a natureza e a estrutura deste relatório final de estágio pelo que cada instituição de ensino superior tem seguido orientações definidas nos seus órgãos próprios. Na minha instituição, existe um regulamento que enquadra as diferentes dimensões relacionadas com a prática de ensino supervisionada, dando orientações para a elaboração do relatório final de estágio. No seu artigo 8.º, refere que os futuros educadores e professores devem “apresentar, de forma contextualizada, experiências de ensino e aprendizagem realizadas ao longo do estágio, abrangendo os vários níveis de educação ou ciclos de ensino e disciplinas do domínio de habilitação, e reflexão crítica sobre as mesmas. Esta reflexão deve ser sustentada na literatura científica, pedagógica e investigativa de referência e em dados da prática”. Esta orientação para a natureza do relatório torna evidente a assunção da relevância dos processos de reflexivos e investigativos na construção e compreensão dos saberes profissionais a realizar pelos futuros educadores e professores. Na minha intervenção, pretendo apresentar e discutir experiências que tenho (temos) vivido na minha instituição ao longo destes dez anos, realçando formas de integração da investigação em educação na conceção, desenvolvimento e concretização dos relatórios finais de estágio.