Summary: | A presente investigação tem como objetivo tomar conhecimento da perceção que sete professores de Físico-Química possuem acerca da avaliação. Para a realização deste estudo recorreu-se à metodologia de investigação qualitativa do tipo interpretativo. Assim sendo, procedeu-se à realização de entrevistas aos sete docentes que lecionam a disciplina de Físico-Química no 3.º Ciclo do Ensino Básico, em dois agrupamentos de escolas distintos: quatro professores ensinam num agrupamento de escolas do distrito de Évora, concelho de Vendas Novas; três ensinam num agrupamento de escolas que se localiza no distrito de Setúbal, concelho de Montijo. Procurámos, então, conhecer as conceções e perceções dos professores de Físico-Química acerca do uso da avaliação, e associá-las à modalidade de avaliação mais usada e/ou privilegiada em sala de aula, analisando se se aproxima ou se afasta de uma avaliação formadora, construtiva, relacional e reguladora, ou classificadora. O nosso estudo baseou-se em dados empíricos recolhidos através das entrevistas individuais semiestruturadas efetuadas por videoconferência via plataforma Zoom, devido à situação pandémica de Covid19 que surgiu ano letivo 2019/2020. Deste modo, adotámos uma linha metodológica inspirada num estudo de caso. A partir da análise de conteúdo dos dados das entrevistas foi possível constatar que grande parte dos professores realiza a avaliação (trimestral) com recurso a questões de aula, a relatórios das atividades experimentais, que consideram instrumentos avaliativos para avaliação formativa, assim como, recorrem a fichas, testes e planeamento das atividades tendo em conta as aprendizagens essenciais. Também se verificou que a avaliação sumativa é praticada pela totalidade dos professores e que a maioria avalia para verificar a aquisição de conhecimentos. Todavia, os docentes preocupam-se em analisar os resultados obtidos com os seus alunos, de modo a refletir sobre possíveis lacunas e a transmitir o seu feedback de forma consistente, durante as aulas ou após os momentos de avaliação. Por fim, evidencia-se o reconhecimento de áreas fortes e a identificação de oportunidades de melhoria da prática e apoio pedagógico, nomeadamente através da possibilidade de formação contínua específica que vise a melhoria dos resultados e das aprendizagens dos alunos.
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