Infeção do trato urinário e resistência aos antimicrobianos

A infeção do trato urinário é considerada a segunda infeção mais frequente nas infeções adquiridas na comunidade. A etiologia microbiana das ITU tem-se mantido mais ou menos constante ao longo do tempo, sendo que membros da família das Enterobacteriaceae, Escherichia coli em particular são os princi...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Trigo, Silvie Emmanuelle Tiago (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2012
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10773/9272
Country:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/9272
Description
Summary:A infeção do trato urinário é considerada a segunda infeção mais frequente nas infeções adquiridas na comunidade. A etiologia microbiana das ITU tem-se mantido mais ou menos constante ao longo do tempo, sendo que membros da família das Enterobacteriaceae, Escherichia coli em particular são os principais microrganismos responsáveis por ITU, no entanto, os patogénicos apresentam atualmente algumas alterações no que respeita às resistências aos antimicrobianos. Deste modo, é imprescindível conhecer as suas resistências de forma a tornar a terapêutica empírica mais rápida e eficaz sem, no entanto, contribuir para aparecimento de novas estirpes resistentes. Com o presente trabalho pretendeu-se identificar quais os microrganismos mais comuns envolvidos nas infeções do trato urinário e os seus perfis de resistência aos antimicrobianos. Foram analisados os resultados de 1582 amostras de urina com pedido de exame bacteriológico, entre os meses de janeiro e dezembro de 2011, realizadas no Laboratório Moderno de Viseu, Lda. As amostras foram analisadas e avaliadas pelo exame direto, cultural a identificação dos microrganismos e das resistências aos antimicrobianos foram efetuadas no sistema miniAPI. De acordo com os resultados obtidos, conclui-se deste estudo que as bactérias responsáveis pelas ITU com maior frequência são Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Proteus mirabilis. A resistência mais significativa das estirpes de Escherichia coli verificou-se relativamente à ampicilina, à ticarcilina, à acetil cefuroxima, o cotrimoxazol e o grupo das quinolonas o que leva a sugerir que estes antimicrobianos não são uma boa escolha para uma terapêutica empírica. Quanto à eleição dos antimicrobianos para o tratamento das ITU, esta deve basear-se sempre que possível nos resultados laboratoriais.