Heat shock proteins in translational oncology

Proteínas de Choque Térmico são um grupo de proteínas que é induzido em resposta ao stress e situações lesivas. As várias proteínas que pertencem a este grupo estão divididas em famílias, de acordo com o seu peso molecular. Podem ser distinguidas a HSP72, HSP40, HSP60, HSP70, HSP90 e uma família adi...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Oliveira, Diana Filipa Moreira de (author)
Format: masterThesis
Language:eng
Published: 2020
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.26/33354
Country:Portugal
Oai:oai:comum.rcaap.pt:10400.26/33354
Description
Summary:Proteínas de Choque Térmico são um grupo de proteínas que é induzido em resposta ao stress e situações lesivas. As várias proteínas que pertencem a este grupo estão divididas em famílias, de acordo com o seu peso molecular. Podem ser distinguidas a HSP72, HSP40, HSP60, HSP70, HSP90 e uma família adicional de grandes HSPs. Este é um grupo de proteínas que é constitutivamente expresso em células normais sendo responsável pela homeostase celular. É de facto o seu nível de expressão basal que sustenta os processos que ocorrem num ambiente intracelular saudável. Uma vez que as HSPs interagem com muitas outras proteínas, elas são referidas como “ajudantes moleculares”, enquanto as proteínas que elas ajudam recebem o nome de “proteínas cliente”. Contudo, também existem HSPs que ajudam outras HSPs. Nesta situação elas são chamadas de “co-ajudantes”, como no caso da HSP40 com a HSP70 ou HSP90. Apesar das HSPs terem sido primeiramente descobertas após um choque térmico, atualmente sabe-se que podem ser induzidas por diversos outros estímulos. O seu desempenho em situações de stress é ajudar as células a restaurar o seu ambiente fisiológico, sendo fundamentais para a viabilidade e sobrevivência dos organismos. Células cancerígenas também tiram vantagem destes mecanismos. Um processo oncológico é uma situação lesiva que culmina na activação das HSPs, que contribuem para os piores prognósticos nas doenças neoplásicas. Uma abordagem terapêutica que surgiu com o estudo das HSPs no desenvolvimento tumoral foi a criação de moléculas que inibem as HSPs e as suas funções. Desta forma, a Oncologia Translacional tornou-se um campo muito importante, permitindo que nanoproteínas, como as HSPs, sejam usadas como potenciais alvos anti-cancerígenos. HSP90 é considerada o alvo terapêutico perfeito, entre todas as HSPs, visto que os seus inibidores demonstram os melhores resultados. Uma vez que estes fármacos estão ainda numa fase de experimentação, espécies de roedores e canídeos de laboratório têm sido usados em diversos ensaios clínicos de inibidores de HSPs. Geralmente as HSPs encontram-se excessivamente expressas na maioria dos tumores, tanto em humanos como em animais. Considerando as semelhanças epidemiológicas, morfológicas e biológicas que os seres humanos partilham com os animais de companhia, espera-se que os tumores espontâneos destas espécies sejam o melhor modelo animal para estudar a doença em pacientes humanos.