Summary: | Para a cimentação de restaurações indiretas, não está ainda descrito um protocolo ideal que, de forma unânime, reúna o consenso clínico e científico. Ao uso de cimentos resinosos acresce a técnica de cimentação com compósitos aquecidos a temperaturas capazes de maximizar propriedades mecânicas, de aumentar o grau de conversão de monómeros, sem que o aquecimento prejudique o complexo pulpo-dentinário. O objetivo desta revisão narrativa foi determinar se a literatura permitia validar o uso das resinas compostas pré-aquecidas na cimentação de restaurações indiretas. Para tal, foi efetuada uma revisão narrativa com critérios de inclusão baseados em restrições linguísticas, temporais e temáticas, nas principais bases de dados eletrónicas. Dos inúmeros estudos publicados, a maioria é efetuada em condições in vitro, havendo a complexidade previsível de transpor os resultados para as condições clínicas. Serão necessários ensaios clínicos randomizados para poder avaliar o desempenho a médio e longo prazo desta forma de cimentação de restaurações indiretas. Há algum consenso na escolha das resinas micro-híbridas à temperatura de 54ºC, para a cimentação de coroas de cerâmica não muito espessas e com alguma translucidez.
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