Summary: | Ao iniciarmos esta tese estabelecemos como objectivos estudar o sobretreino no futebol e avaliar a fadiga no decorrer do próprio jogo identificando as capacidades físicas mais afectadas. Face aos resultados globais da tese, não nos é possível afirmar ter encontrado atletas sobretreinados, embora alguns sinais e sintomas, particularmente os relacionados com as respostas psicológicas e imunológicas à fadiga, indiciem a possibilidade de um ou outro caso poder vir a evoluir para o sobretreino. Assim, evidencia-se a necessidade de avaliar os atletas periodicamente nas componentes física, fisiológica e psicológica. Por outro lado, este trabalho permitiu concluir que existe, de facto, fadiga no futebol, expressando-se os seus efeitos com maior exuberância na segunda parte do jogo. Nesta fase, a capacidade para realizar exercício máximo diminui, embora a capacidade para efectuar exercício intermitente de longa duração seja a mais severamente afectada. Estes dados sugerem que no treino dos futebolistas estas capacidades devem merecer especial atenção. Finalmente, esta tese permitiu constatar que o tema da fadiga no futebol oferece e justifica mais investigação para a explicação da sua fisiologia. A investigação nesta área poderá permitir desenhar programas de treino mais eficazes e, não menos importante, menos lesivos para a saúde dos atletas.
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