Vidas em rede: a utilização da Internet por estudantes do ensino superior

Esta comunicação analisa os hábitos de utilização da Internet, por parte de estudantes portugueses do ensino superior, com base nos dados do painel online de utilizadores da Internet desenvolvido pelo Living Lab on Media Content and Platforms (LLMCP) . Alunos de universidades americanas e europeias...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Montargil, Filipe (author)
Outros Autores: Di Fátima, Branco (author)
Formato: conferenceObject
Idioma:por
Publicado em: 2019
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.21/10205
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipl.pt:10400.21/10205
Descrição
Resumo:Esta comunicação analisa os hábitos de utilização da Internet, por parte de estudantes portugueses do ensino superior, com base nos dados do painel online de utilizadores da Internet desenvolvido pelo Living Lab on Media Content and Platforms (LLMCP) . Alunos de universidades americanas e europeias figuram entre os pioneiros que transformaram a navegação no ciberespaço numa prática quotidiana (Castells, 2001; Hand, 2016). Com o início da fase comercial da rede, a partir de 1991, os jovens afirmaram-se também como precursores da cultura digital emergente e das novas dietas mediáticas (Cardoso, Espanha e Tiago, 2009; Lissitsa e Kol, 2016). Mas de que formas os jovens se apropriam da Internet, na sua utilização quotidiana? Contributos para a compreensão desta questão são dados, ao longo das últimas décadas, por muitos centros de investigação, nacionais e internacionais, essencialmente através do recurso a métodos de inquirição (tanto em investigação quantitativa como qualitativa). De acordo com estes estudos, a nossa vida em rede é constituída pela combinação de práticas informativas, comunicacionais e de entretenimento (Obercom, 2014; Marktest, 2015; Nielsen, 2016; Pew Research Center, 2017; Eurostat, 2018). Os jovens leem notícias, conversam com amigos, compram livros, veem a sua série favorita. Ao mesmo tempo, a Internet apresenta-se como um importante espaço de socialização, principalmente para os públicos que não conheceram um mundo sem a mediação virtual – os nativos digitais (Albach, 2014; Dingli e Seychell, 2015). No segundo semestre de 2018, o LLMCP desenvolveu uma extensão do Google Chrome – o browser de Internet mais utilizado em Portugal (StatCounter, 2018), que permite a monitorização em tempo real das práticas online dos membros do painel. A amostra, em fase de desenvolvimento, reúne em fevereiro de 2019 mais de 100 participantes. Esta amostra encontra-se ainda essencialmente centrada nos estudantes da Escola Superior de Comunicação Social (ESCS), do Instituto Politécnico de Lisboa (IPL). Os resultados preliminares revelam um panorama de três áreas de estudo: redes sociais, consumo de notícias e universo Google, sempre através da ótica do utilizador entre os 19 e os 29 anos. As vidas em rede consistem numa oportunidade de perceber como os jovens estão a criar a sua leitura do mundo, numa sociedade cada vez mais conectada. Analisar as atividades online de estudantes da área da comunicação é, nesta perspetiva, ainda mais revelador. Em breve, ajudarão a formar a opinião pública como jornalistas, relações públicas, marketeers ou criativos, em instituições nacionais e estrangeiras. As práticas de hoje podem, desta forma, influenciar a forma como os espaços públicos e privados serão edificados e explorados, nos próximos anos.