Avaliação da simulação com debriefing estruturado em enfermagem de família

Introdução: A utilização da simulação com debriefing estruturado no ensino de enfermagem revela um impacto muito positivo no desenvolvimento de competências dos estudantes (Coutinho, Martins, & Pereira, 2016; 2017). Contudo, não estão acessíveis resultados de estudos com a utilização da referida...

ver descrição completa

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Silva, Margarida Alexandra Nunes Carramanho Gomes Martins Moreira da (author)
Outros Autores: Tanqueiro, Maria Teresa de Oliveira Soares (author), Veríssimo, Cristina Maria Figueira (author), Neves, Marília Maria Andrade Marques da Conceição e (author), Cruzeiro, Clarinda Maria dos Prazeres Ferreira da Silva da Rocha (author), Coutinho, Verónica Rita Dias (author)
Formato: other
Idioma:por
Publicado em: 2021
Assuntos:
Texto completo:http://web.esenfc.pt/?url=La5PimKj
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.esenfc.pt:11242
Descrição
Resumo:Introdução: A utilização da simulação com debriefing estruturado no ensino de enfermagem revela um impacto muito positivo no desenvolvimento de competências dos estudantes (Coutinho, Martins, & Pereira, 2016; 2017). Contudo, não estão acessíveis resultados de estudos com a utilização da referida metodologia na formação em enfermagem de família, área especifica da enfermagem comunitária, onde é necessária uma aproximação da teoria à prática, como revelam várias investigações. Objetivos: Pretende-se apresentar os resultados de um estudo que teve como objetivo: Avaliar o debriefing estruturado associado à simulação em consultas de enfermagem à família como estratégia pedagógica. Metodologia: Realizou-se um estudo quantitativo, descritivo e transversal. A amostra foi constituída por 169 estudantes, do 2º ano do Curso de Licenciatura em Enfermagem, da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. Foi criado um cenário para a primeira consulta a uma família, numa unidade de saúde familiar, em aula de prática laboratorial, da Unidade Curricular de Enfermagem Comunitária e Familiar. Após a experiência da prática clínica simulada, aplicou-se um questionário com questões de caracterização demográfica, e a Escala de Avaliação do Debriefing Associado à Simulação (Coutinho, Martins, & Pereira, 2014). Resultados: A média de idades dos estudantes foi 20,38 anos (mín = 18 anos; máx. = 37 anos), desviopadrão 2,97 e mediana 19,0. Participaram no estudo 169 estudantes, dos quais, 136 eram do sexo feminino (81%), 32 estudantes do sexo masculino (19%) e um caso estava omisso. A escala apresentou valores de alfa de Cronbach: total de 0,91, na dimensão Afetiva 0,87, na dimensão Cognitiva 0,84 e na dimensão Psicossocial 0,90. Revelou uma média global de 4,25 (DP = 0,400), mínimo 3,03 e máximo 5,00. A média mais elevada (M = 4,58; DP = 0,462) verifica-se na dimensão valor Afetivo e a mais baixa (M = 3,87; DP = 0,621) na dimensão valor Psicossocial. A dimensão valor Cognitivo apresenta M = 4,35 pontos e DP = 0,435, o que demonstra que a utilização da simulação com debriefing estruturado é uma estratégia adequada, na área da enfermagem de família. Conclusões: Pode concluir-se que a utilização do debriefing estruturado associado à simulação contribui para a melhoria das práticas pedagógicas na formação dos estudantes, o que se refletirá na maior qualidade na prestação de cuidados de enfermagem à família. Sugere-se por isso, a sua utilização com vista à capacitação dos estudantes e profissionais para o desenvolvimento de práticas clínicas centradas na família, ao longo do ciclo vital, aproximando-as das orientações politicas e do desenvolvimento teórico já evidenciado na literatura.