Summary: | O termo “relações laborais” ou “relações industriais” suscitou historicamente várias reflexões que permitiram situar o papel do movimento sindical. Ao longo do tempo, tais “relações” nunca deixaram se de configurar como assimétricas, mesmo no período dos “30 gloriosos” em que o Estado-Providência e o pleno emprego se consagraram como mecanismos redistributivos e de garante de consenso e o neocorporativismo como disposição institucional de relações consensuais entre o governo e os interesses sociais organizados. A agenda de investigação em relações laborais é hoje fortemente marcada por políticas de austeridade que colocam em cheque o papel tradicional das organizações sindicais. Importará, por isso, recuperar algumas das tradições teóricas de relações laborais e ver em que medida elas se adequam ao clima de retrocesso social vivido no campo das relações laborais. Por outro lado, tendo por referência o caso português, enunciam-se alguns temas de investigação emergentes neste campo.
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