| Resumo: | A investigação tem demonstrado que o Ensino Superior é um contexto onde existe um largo número de fatores que influenciam a saúde e o bem-estar dos estudantes. A competição tem sido cada vez mais investigada como um fator presente no ambiente académico e é descrita na literatura como um preditor de saúde e bemestar, sobretudo negativo. O presente estudo procurou estudar fatores associados às diferentes atitudes individuais de competição. De forma particular, procurou analisar a associação entre as atitudes individuais perante a competição e o sexo, área de estudo, tipo de instituição de ensino e perceção de clima de competição. Do mesmo modo, pretendeu compreender se diferentes atitudes individuais perante a competição têm efeitos distintos na saúde física e mental dos estudantes do Ensino Superior. Participaram neste estudo 167 estudantes de diferentes Instituições de Ensino Superior Portuguesas, com idades compreendidas entre os 18 e os 63 anos (M = 21.95, DP = 6.53), sendo a maioria do sexo feminino (79.0%). Foram utilizados três instrumentos de autorrelato: o Questionário de Informações Sociodemográficas e Académicas; o Inventário Multidimensional de Atitudes de Competição (IMAC); o Questionário de Estado de Saúde (SF-36V2). Verificou-se uma associação entre as atitudes de competição e o sexo, o tipo de instituição de ensino e a perceção de clima de competição. Mais ainda, observou-se que as atitudes de competição são preditores significativos de várias dimensões de saúde física e mental. Face aos resultados obtidos, são oferecidas algumas pistas para identificar indivíduos em risco e reflexões para uma modificação das atitudes dos estudantes perante a competição.
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