Resumo: | A abordagem histórica dos primeiros doze anos do ciberjornalismo em Portugal pode ser dividida globalmente em três fases: a da implementação (1995-1998), a da expansão ou “boom” (1999-2000) e a da depressão seguida de estagnação (2001-2007). A primeira fase abarca os anos de implementação de edições electrónicas de media tradicionais na Web. É uma fase experimental, dominada pelo modelo shovelware: os jornais abrem os respectivos sites para neles reproduzirem os conteúdos produzidos para a versão de papel, as rádios transmitem na Web o sinal hertziano, as televisões os seus telejornais. A fase do “boom”, a do optimismo, porventura exagerado, é marcada pelo aparecimento dos primeiros jornais generalistas exclusivamente online, como o Diário Digital e o Portugal Diário. Alguns jornais reforçam as suas redacções digitais para abrirem serviços de “última hora”, como foi o caso do Público. A fase da depressão, a do início do fim de uma certa ilusão, é marcada pelo encerramento de sites, cortes em pessoal e redução das despesas. A “bolha digital” rebentara e o investimento publicitário decaíra. Seguir-se-ia um período de estagnação generalizado, de reduzido investimento a todos os níveis, pontuado por alguns investimentos a contracorrente.
|