Summary: | Cuidar do doente sem perspetiva de cura no domic?lio, exige ?s fam?lias um processo de adapta??o, e por conseguinte, um conjunto de necessidades que exigem respostas adequadas. Assim, cuidar da fam?lia e do doente sem perspetiva de cura torna-se um desafio para os enfermeiros, na medida em que, uma fam?lia apoiada e confortada ter? maior capacidade e disponibilidade para cuidar do seu ente querido no domic?lio. Tendo por base esta reflex?o, surgiu a quest?o de investiga??o: ?Quais as necessidades da fam?lia no cuidar do DSPC no domic?lio?? com o objetivo geral de compreender as necessidades da fam?lia no cuidar do DSPC no domic?lio, e com a intencionalidade de contribuir para um projeto de interven??o centrado nas necessidades da fam?lia do doente sem perspetiva de cura. Opta-se por um estudo de natureza qualitativa, um estudo de caso. Recorre-se ? entrevista semiestruturada para a recolha de dados, realizada a 10 fam?lias inscritas num centro de sa?de de Viana do Castelo. Os dados obtidos foram submetidos a an?lise de conte?do. Resultados: As fam?lias do estudo revelaram grande sobrecarga de trabalho, desgaste emocional e debilidade f?sica para cuidar do doente sem perspetiva de cura. As suas necessidades focam-se a n?vel do apoio/acompanhamento, informa??o, expressar sentimentos e monet?rio. Os cuidados prestados pela fam?lia consistem nos cuidados de conforto, nos cuidados inerentes ?s atividades de vida di?ria e na gest?o aparelhos terap?uticos. Os sentimentos experimentados v?o desde sentimentos de impot?ncia, ang?stia, medo e sofrimento. Relativamente ?s estrat?gias utilizadas, para ultrapassar dificuldades, oscilam entre a aceita??o e a realiza??o de atividades de lazer. Mencionaram tamb?m, dificuldades em lidar com os acess?rios t?cnicos, com a ostomia, com os cuidados de higiene na cama, com a gest?o da medica??o e com a realiza??o de mobiliza??es. Conclus?o: Torna-se um imperativo ?tico assegurar o acesso atempado aos cuidados paliativos e reconhece-los como um direito inalien?vel dos mesmos. H? momentos de intenso sofrimento para a fam?lia, pelo que os enfermeiros dos cuidados de sa?de prim?rios ter?o que estabelecer projetos de interven??o centrados na filosofia dos cuidados paliativos.
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