Nutrição Entérica por Gastrostomia Endoscópica em Doentes com Idade Pediátrica: Avaliação Retrospectiva em 40 Doentes Consecutivos

INTRODUÇÃO: A gastrostomia endoscópica percutânea (PEG) é preferencial para nutrição entérica (NE) prolongada em pediatria. Contudo, persiste o preconceito que a colocação e NE por PEG em crianças deverá reservar-se às unidades de gas­trenterologia/endoscopia pediátrica. Tal parece-nos contrário às...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Carido,Joana (author)
Outros Autores: Santos,Carla (author), Ferreira,Maria Gomes (author), Fonseca,Jorge (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2011
Assuntos:
Texto completo:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-81782011000600003
País:Portugal
Oai:oai:scielo:S0872-81782011000600003
Descrição
Resumo:INTRODUÇÃO: A gastrostomia endoscópica percutânea (PEG) é preferencial para nutrição entérica (NE) prolongada em pediatria. Contudo, persiste o preconceito que a colocação e NE por PEG em crianças deverá reservar-se às unidades de gas­trenterologia/endoscopia pediátrica. Tal parece-nos contrário às necessidades da realidade portuguesa. OBJECTIVO: Caracterizar retrospectivamente uma população pediátrica submetida a NE por gastrostomia, acompanhada por equipa que assiste adultos e crianças, incluindo sucesso e segurança da técnica, evolução ponderal e sobrevida. MÉTODOS: Seleccionaram-se doentes desde 1 mês a 16 anos (média:4,17 mediana:3). Avaliaram-se dados demográficos, patologia subjacente, sucesso técnico, complicações, evo­lução clínica e ponderal. Comparou-se a sobrevida entre crianças com lesões estáveis e com doenças progressivas, utilizando-se o SPSS. Resultados: Nas 40 crianças referenciadas foi possível colocar a PEG. Ocorreram raras complicações major, resolvidas sem cirurgia. A evolução ponderal foi favorável nos primeiros 6 meses. Crianças com lesões estáveis têm sobrevida mais longa que com doenças progressivas (p=0.002). CONCLUSÕES: A colocação de PEG foi bem sucedida e segura. A NE resultou em evolução pon­deral favorável. A sobrevida relacionou-se com a natureza da lesão subjacente. Equipas de NE que assistem adultos devem assumir com naturalidade os doentes pediátricos, em colaboração com pediatras e outros profissionais envolvidos na nutrição infantil.