A inserção sócio-profissional de ex-jovens institucionalizados

As instituições fechadas de educação de crianças e jovens em Portugal distinguiram-se, durante muitos anos, segundo dois modelos essenciais. Por um lado existiam os internatos, destinados a auxiliar a população estudantil e/ou de fracos recursos económicos e, por outro lado, instituições de acolhime...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Rocha, Sónia Alexandra de Sousa (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2010
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10216/55533
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/55533
Description
Summary:As instituições fechadas de educação de crianças e jovens em Portugal distinguiram-se, durante muitos anos, segundo dois modelos essenciais. Por um lado existiam os internatos, destinados a auxiliar a população estudantil e/ou de fracos recursos económicos e, por outro lado, instituições de acolhimento de jovens, projectadas para menores caracterizados pela ausência de adultos capazes de assegurar a sua sobrevivência (devido, por exemplo, a situações de pobreza ou orfandade), integrando ainda estas organizações crianças e jovens com comportamentos desviantes. Regra geral, tratavam-se de instituições afastadas dos espaços urbanos, permitindo, desta forma, o desenvolvimento de objectivos específicos, tais como a aprendizagem de actividades rurais ou o reforço da disciplina. Porém, ao longo dos tempos, tem-se verificado uma transformação no funcionamento e nos modelos de intervenção das instituições, ocasionada, em grande responsabilidade, pelas mudanças ocorridas na estrutura da Segurança Social. Estas alterações têm vindo a constituir-se como factores promotores do desenvolvimento organizacional das instituições, que visam alcançar a redução do período de institucionalização dos menores, associado à melhoria das condições durante o acolhimento institucional. Assim, e tendo em conta que as instituições devem facultar o desenvolvimento biopsicossocial às crianças e jovens, o presente estudo teve como objectivo primordial saber se a institucionalização promove a inserção social e profissional dos jovens. Para tal, recorreu-se à metodologia qualitativa, através da realização de vinte e duas entrevistas a jovens do sexo masculino, que viveram durante uma parte importante da sua vida numa instituição na Cidade do Porto, mais propriamente no Colégio Barão de Nova Sintra, entre os anos 1990 e 2004. (...)