A tendência da linha de costa entre as praias de Maceda e S. Jacinto

A erosão costeira atinge todo o mundo e é responsável por danos em propriedades e infraestruturas. A área de estudo localizada na costa noroeste de Portugal é caraterizada por uma planície arenosa extensa de NW-SE, integrada num sistema de barreira-laguna. O presente estudo expõe resultados sobre o...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Silva, Paulo Manuel Correia (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2013
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10773/9652
País:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/9652
Descrição
Resumo:A erosão costeira atinge todo o mundo e é responsável por danos em propriedades e infraestruturas. A área de estudo localizada na costa noroeste de Portugal é caraterizada por uma planície arenosa extensa de NW-SE, integrada num sistema de barreira-laguna. O presente estudo expõe resultados sobre o setor entre as praias de Maceda e S. Jacinto, expostos a um grande recuo da linha de costa na maioria da área de estudo, devido à redução no fornecimento de sedimentos e a condições de elevada agitação marítima. Os dados recolhidos foram baseados principalmente na interpretação de fotografias aéreas de 1958, 1970, 1998, 2010 e focado em posições da linha de costa e taxas de erosão e/ou acreção. Os dados foram introduzidos no Geographic Information Systems (GIS), no qual foi aplicado o software Digital Shoreline Analysis System (DSAS). Dados adicionais de 2012 foram obtidos através de um sistema de monitorização que utiliza o Global Positioning System (GPS) e tecnologia laser, adaptado para uma plataforma móvel terrestre. O troço costeiro mostra uma taxa de erosão de cerca de 4 m/ano na zona de Maceda e taxas de acreção que alcançam os 11 m/ano na zona de S. Jacinto. Um dos fatores que afetam a tendência natural da linha de costa é a existência de estruturas humanas, tais como, os esporões, que são usados para proteger as áreas urbanas (Furadouro e Torreira) e o porto de Aveiro. As linhas de projeção futuras mostram que em algumas zonas a linha de costa poderá recuar 80 m em 20 anos (Maceda), sendo devastados hectares de floresta. Em S. Jacinto, a norte do molhe do porto, pode haver uma acreção de 220 m. A metodologia utilizada para estimar as taxas de erosão/acreção e as linhas de projeção, na área de estudo, pode ser muito útil para os gestores costeiros na avaliação e gestão das áreas de risco do litoral. Este é um método rápido que utiliza várias ferramentas, aplicado a um curto período de tempo de análise. Esta caraterística da metodologia é muito interessante, no que diz respeito à sua aplicação em decisões de gestão (recursos e afetação orçamental), uma vez que está mais próxima do ciclo temporal de implementação de políticas e planos de gestão.