Contributos para a validação da versão portuguesa de "Falls efficacy scale - International (FES-I)": estudo exploratório em estruturas residenciais para pessoas idosas

Enquadramento: As quedas são consideradas um grave problema de saúde pública, representando uma das principais causas de morbilidade, institucionalização, utilização de serviços de saúde e mortalidade na população idosa. As pessoas idosas que sofrem quedas sucessivas sentem mais medo de cair, compro...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Brandão, Luísa Maria Mano (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2017
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10773/18864
Country:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/18864
Description
Summary:Enquadramento: As quedas são consideradas um grave problema de saúde pública, representando uma das principais causas de morbilidade, institucionalização, utilização de serviços de saúde e mortalidade na população idosa. As pessoas idosas que sofrem quedas sucessivas sentem mais medo de cair, comprometendo ainda mais a sua independência e vida social. A Falls Efficacy Scale – International (FES-I) é um dos instrumentos mais usados para avaliar o medo de cair. Atualmente, existe a versão Portuguesa da FES-I, cujos estudos de validação foram realizados com pessoas idosas na comunidade e em centro de dia. Todavia, não existem ainda estudos com a população idosa institucionalizada em Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI). Objetivos: O presente estudo teve como objetivo geral contribuir para a validação da versão Portuguesa da Falls Efficacy Scale – International (FES-I) junto de uma amostra de pessoas idosas institucionalizadas em ERPI. Especificamente, pretendeu-se analisar as propriedades psicométricas da FES-I (P) em termos de consistência interna, fiabilidade teste-reteste, validade concorrente e validade convergente. Metodologia: Optou-se por um estudo transversal, do tipo descritivo- correlacional, com uma amostra de conveniência, utilizando uma abordagem quantitativa. Para a recolha de dados, foi elaborado um protocolo que incluiu: Avaliação Breve do Estado Mental (MMSE); Questionário de informação sociodemográfica e de saúde; Escala de Eficácia nas Quedas – Internacional (FES-I); Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar (HADS); Escala Breve de Redes Sociais de Lubben (LSNS-6); Escala de Confiança no Equilíbrio Específica para a Atividade (ABC); Teste de Sentar e Levantar 5 vezes (TSL5*); Teste Sentado, Caminhar 3 metros e voltar a sentar (TUG). Os dados foram analisados com o recurso à estatística descritiva e inferencial, através do SPSS- versão 23 para Windows. Resultados: A amostra foi constituída por 100 participantes (70% mulheres) com média etária de 81,05±7,349 anos. Os resultados evidenciaram uma consistência interna muito boa (α=0,926) e muito boa fiabilidade teste-reteste (ICC=0,941). Em termos de validade concorrente, obteve-se uma correlação estatisticamente significativa entre a FES-I e a ABC (rs=-0,837; p=0,000). Observou-se também que o medo de cair avaliado através da FES-I varia consoante a escolaridade, presença de medo de cair avaliado por uma questão dicotómica, sintomas de ansiedade (HADS-A) e depressão (HADS-D), equilíbrio funcional (TSL5*) e mobilidade (TUG). Conclusão: Os principais resultados sugerem que a versão portuguesa da FES-I é um instrumento fidedigno e válido que permite avaliar o medo de cair na população idosa institucionalizada em Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI).