Cabo Verde e São Tomé e Príncipe: Ensino Superior e Trajetórias em Portugal

Desde sempre Portugal contribuiu para o desenvolvimento de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe através do ensino superior que alunos dos dois arquipélagos frequentaram em universidades portuguesas. Como o desenvolvimento do ensino secundário em Cabo Verde era mais avançado, esta colónia tinha propor...

ver descrição completa

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Seibert, Gerhard (author)
Formato: bookPart
Idioma:por
Publicado em: 2013
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10071/6019
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/6019
Descrição
Resumo:Desde sempre Portugal contribuiu para o desenvolvimento de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe através do ensino superior que alunos dos dois arquipélagos frequentaram em universidades portuguesas. Como o desenvolvimento do ensino secundário em Cabo Verde era mais avançado, esta colónia tinha proporcionalmente mais estudantes universitários em Portugal do que São Tomé e Príncipe. Durante a época colonial, Portugal tinha quase um monopólio na formação superior dos cabo-verdianos e são-tomenses. Os primeiros que frequentaram as universidades portuguesas foram os membros da pequena elite cultural e profissional das duas sociedades crioulas, seguidos, depois da II Guerra Mundial, por representantes da classe dirigente que as liderou durante o processo de descolonização e no período pós-colonial. Com a independência dos dois arquipélagos, em 1975, e o aparecimento da oferta de vagas e bolsas para o ensino superior para muitos outros países, Portugal tornou-se em, apenas, um entre outros países onde cabo- -verdianos e são-tomenses obtiveram os seus diplomas universitários. Contudo, os dados disponíveis mostram que Portugal sempre continuou a ser um destino importante para alunos de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe. Esta escolha deve-se também ao facto de Portugal, por sua vez, ter beneficiado os estudantes dos dois pequenos países através de um regime especial que permite o ingresso na universidade sem provas de admissão. A primeira parte deste capítulo aborda a história do ensino superior dos dois arquipélagos na época colonial e, depois da independência, o desenvolvimento da formação superior dos seus quadros no exterior e no próprio país. A segunda parte apresenta dados de uma investigação sobre as experiências e trajetórias de antigos estudantes cabo-verdianos e são-tomenses em Portugal que regressaram ao país de origem e de estudantes que atualmente estão a frequentar universidades portuguesas.