Utilização de cortiça como isolante térmico para o transporte de alimentos

À medida que a perceção dos impactos ambientais das indústrias vai aumentando, torna-se cada vez mais necessária uma mudança para materiais convencionalmente designados por “materiais verdes”, contribuindo assim para uma economia mais sustentável. Este trabalho teve como objetivo o estudo da possibi...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Amador, Diogo Alexandre Moreira (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2021
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.14/32989
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ucp.pt:10400.14/32989
Description
Summary:À medida que a perceção dos impactos ambientais das indústrias vai aumentando, torna-se cada vez mais necessária uma mudança para materiais convencionalmente designados por “materiais verdes”, contribuindo assim para uma economia mais sustentável. Este trabalho teve como objetivo o estudo da possibilidade da utilização de aglomerados de cortiça no transporte alimentar, comparando com soluções de poliestireno expandido (EPS) atualmente existentes no mercado. Para isso, inicialmente, mediu-se a condutividade térmica das amostras de aglomerados de cortiça e de poliestireno expandido através do método “Hot Disk”, obtendo-se os valores de 0,07596 ± 1,52×10-4 (W/m.k) para o aglomerado de cortiça, relativamente superior do que os valores encontrado na literatura (entre 0,050 e 0,0595 W/m.k) e de 0,03182 ± 1.6×10-5 (W/m.k) para o poliestireno expandido, ligeiramente inferior do que o valor encontrado na literatura (0,040 W/m.k). De seguida, montaram-se duas caixas, uma com placas de aglomerados de cortiça e outra com placas de poliestireno expandido, e realizaram-se testes de estabilidade térmica na câmara de ensaios térmicos do laboratório da Advanced Products Portugal (LAECT) para comparar a performance do isolamento térmico dos dois materiais. Assim, verificou-se que, para testes sem produto (cenários A e B), a caixa de aglomerado de cortiça atingiu a temperatura exterior de teste (25 ºC) mais lentamente do que o interior da caixa de poliestireno expandido. Contudo, para testes com produto (cenário C), a temperatura no interior da caixa do aglomerado de cortiça apenas foi inferior do que a da caixa de poliestireno expandido durante os primeiros 45/70/290 minutos de cada teste, para a 1ª, 2ª e 3ª repetição, respetivamente. De seguida, calculou-se a energia necessária para subir a temperatura de cada caixa e do seu interior, para cada teste, até 25 ºC, com o objetivo de descobrir qual dos sistemas necessita de mais energia para elevar a sua temperatura até à temperatura exterior de teste. Deste modo, tornou-se possível concluir que não é apenas a condutividade térmica que influencia a performance de isolamento térmico das caixas. De facto, calor específico e a temperatura de estabilização devem ser tidas em consideração no transporte de alimentos, para que se tire o máximo de rendimento da utilização de aglomerados de cortiça para o transporte alimentar.