Summary: | Os hospitais são unidades complexas que produzem múltiplos outputs através da utilização de múltiplos inputs (Fare et al., 1994b). A par da sua complexidade, colocam-se questões relevantes relativas ao seu funcionamento, à sua eficiência pelos recursos envolvidos no seu funcionamento. Estima-se que cerca de metade dos recursos aplicados no sector da saúde dizem respeito ao funcionamento dos hospitais A conjugação desta situação, com a necessidade de combater as despesas da administração pública, esteve na base da onda reformista conhecida por New Public Management (NPM). A NPM teve origem, e conheceu grande impulso, nos países anglo-saxónico, nomeadamente, no Reino Unido. Nesta onda reformista que se assistiu, o sector da saúde foi onde, provavelmente, maiores alterações foram ensaiadas, como por exemplo a criação dos chamados quase-mercados ou mercado interno da saúde. Neste contexto, parte significativa dos hospitais do National Health Service (NHS) foram transformados em hospitais trusts. Em Portugal, na linha deste movimento reformista, foram ensaiadas algumas experiências no sector hospitalar, em particular, a empresarialização de 34 hospitais do SNS que deram origem a 31 hospitais SA (sociedades anónimas). Como principais conclusões da investigação, refira-se que, em consequência da criação dos hospitais SA, registou-se melhoria da fronteira de eficiência técnica da indústria hospitalar, embora o deslocamento da fronteira não seja muito significativo, e os hospitais SPA evidenciam níveis de eficiência técnica ligeiramente mais elevados do que os hospitais SA
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