Resumo: | A presente dissertação aborda o tema da revitalização dos espaços intersticiais como possibilidade de contribuírem para a dinamização dos centros históricos. Contrastamos com a perspectiva de vários autores como Maria Rosália Guerreiro que faz uma analogia do conceito de interstício entre a Biologia e a Arquitectura; Jan Gehl que nos ajuda a entender melhor a vida pública das cidades, a vida entre construções só pode nos levar a lugares públicos mais vivos e saudáveis; Jordi Borja que defende que o espaço público é a cidade e a história de um é consequência da história do outro, e Herman Hertzberger como nos esclarece a importância dos elementos de gradação entre espaço público e o espaço privado_ intervalo entre os edifícios. O potencial da revitalização através da intervenção em espaços intersticiais no centro histórico pode ser atingido através de um sistema hierarquizado entre o espaço privado e o espaço público utilizando o espaço intersticial como ligante. Esta relação de interligação entre as partes é uma qualidade estrutural que poderá ter um papel significativo no bom funcionamento do sistema heterogéneo contínuo e coeso que é o centro histórico. Em que a identidade de cada parte é substancial em si e num todo. Funcionando como complementares às necessidades dos espaços mais importantes que interligam. Com base nesse entendimento apresenta-se um projecto de revitalização dos espaços intersticiais os quais com potencialidades dinamizadoras quando valorizado o seu desenho como espaço positivo, como percursos de descoberta caracterizadas pelos seus espaços de transição e qualificando-os como espaço social contribuindo para a reprogramação das valências dos centros históricos.
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