Cabazitaxel no tratamento do cancro da próstata metastático resistente à castração

Introdução: As opções terapêuticas no cancro da próstata metastático resistente à castração (mCPRC), uma vez refratário à quimioterapia com docetaxel, eram até recentemente limitadas. O cabazitaxel é um taxano da nova geração que demonstrou benefício na sobrevivência global destes doentes. Os autore...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Meireles,Sara (author)
Outros Autores: Augusto,Isabel (author), Fernandes,Catarina (author), Coelho,Andreia (author), Silva,Carlos (author), Damasceno,Margarida (author)
Formato: report
Idioma:por
Publicado em: 2015
Assuntos:
Texto completo:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132015000100001
País:Portugal
Oai:oai:scielo:S0871-34132015000100001
Descrição
Resumo:Introdução: As opções terapêuticas no cancro da próstata metastático resistente à castração (mCPRC), uma vez refratário à quimioterapia com docetaxel, eram até recentemente limitadas. O cabazitaxel é um taxano da nova geração que demonstrou benefício na sobrevivência global destes doentes. Os autores pretendem descrever a sua experiência quanto à eficácia e tolerância deste agente no tratamento do mCPRC após docetaxel. Métodos: Estudo retrospetivo dos doentes com mCPRC que iniciaram tratamento com cabazitaxel entre Janeiro de 2011 e Janeiro de 2012 no Centro Hospitalar de São João. A análise de sobrevivência foi efetuada pelo método Kaplan-Meier. Resultados: Doze doentes efetuaram tratamento com cabazitaxel. A mediana de idades no início do tratamento foi de 70 anos (60-75) e 10 doentes tinham ECOG performance status 0-1. A taxa de resposta do PSA foi 64% e a taxa de redução de PSA >50% foi 57%. Com um follow-up de 14 meses, a taxa de progressão foi 55% e a mediana de tempo para a progressão foi 7 meses. A mediana da sobrevivência livre de progressão (SLP) e da sobrevivência global (SG) foram de 8 (IC 95% 3.4-12.7) e 14 (IC 95% 7.3-20.2) meses, com uma SLP e SG ao 1 ano de 40% e 58% respetivamente. Os efeitos laterais mais frequentes foram a anemia (83%), neutropenia (25%) e a diarreia (25%). Conclusão: A nossa experiência revela que o cabazitaxel é uma opção terapêutica de benefício comprovado na doença refratária à quimioterapia com docetaxel, com taxas de resposta e tolerância comparáveis ao estudo de aprovação.