Summary: | Quando se pensa em escultura grega, as representações que preenchem imaginário colectivo evocam a beleza superior das divindades pagãs, a esmerada perfeição física dos corpos de atletas vencedores ou a etérea formosura de jovens mulheres. De uma “estátua grega” não se espera, em geral, a representação de um ser humano envelhecido. O presente artigo propõe-se explorar este tema, procurando sondar até que ponto será esta percepção correcta, que razões terão levado os Gregos a evitar, em parte significativa do seu percurso civilizacional, representar plasticamente a velhice na escultura monumental e, por fim, quando e porquê começaram a fazê-lo. Para concluir, ilustrar-se-á o desenvolvimento da representação escultórica da velhice com quatro exemplos, todos de figuras masculinas, dois relevos funerários e duas esculturas de vulto redondo, que serão, em momento próprio, objecto de um breve comentário.
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