Nível socioeconómico e funções executivas em adolescentes

O desempenho das FE e a sua relação com o Nível Socioeconómico (NSE) tem sido amplamente estudado, contando-se já com um grande corpo de investigação que sustenta que as primeiras são afetadas por vários fatores sociais e económicos. Este estudo foi realizado com o objetivo de avaliar se existem dif...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Martins, Diana Inês Lopes Costa (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2016
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/11067/1997
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ulusiada.pt:11067/1997
Description
Summary:O desempenho das FE e a sua relação com o Nível Socioeconómico (NSE) tem sido amplamente estudado, contando-se já com um grande corpo de investigação que sustenta que as primeiras são afetadas por vários fatores sociais e económicos. Este estudo foi realizado com o objetivo de avaliar se existem diferenças no desempenho das FE (memória operatória, atenção seletiva, flexibilidade cognitiva, inibição cognitiva e tomada de decisão) entre adolescentes pertencentes a Nível Socioeconómico Alto (NSE Alto) e adolescentes pertencentes a Nível Socioeconómico Baixo (NSE Baixo). Participaram neste estudo um total de 213 adolescentes (N=213). A flexibilidade foi avaliada através do Teste Wisconsin (Grant & Berg, 1948), a atenção foi avaliada através do Teste D2 (Brickenkamp, 2002), a inibição foi avaliada através do Teste Stroop (Ridley, 1935), a memória de trabalho foi avaliada através da Escala de Inteligência para Adultos (WAIS-III, Wechsler, 1997) e da Escala de Inteligência para Crianças (WISC-III, Wechsler, 1991) e a tomada de decisão foi avaliada através do Cambridge Gambling Task (Roger et al., 1999). O Questionário Sociodemográfico foi utilizado para recolher dados sobre a escolaridade dos pais. Os resultados demonstraram existir diferenças no funcionamento executivo entre o grupo de adolescentes pertencentes ao NSE Alto e o grupo de adolescentes pertencentes ao NSE Baixo, nomeadamente ao nível da flexibilidade cognitiva, da atenção, da inibição e da memória operatória. Estes resultados são congruentes com estudos similares feitos com crianças, mas dão uma contribuição para que se façam mais estudos nesta área com adolescentes.