Resumo: | O transplante hepático é um procedimento executado com sucesso há 50 anos, cujos resultados estão dependentes do contributo de diversas áreas da medicina. A radiologia, e particularmente a radiologia de intervenção, tem um papel relevante na seleção dos candidatos e no tratamento de complicações pós-transplante, reconhecido pelos decisores da saúde em Portugal. Procedimentos minimamente invasivos permitem tratar por via per-cutânea complicações biliares e vasculares, minimizando a necessidade de tratamento cirúrgico. As complicações biliares são as mais frequentes e as estenoses não anastomóticas são as mais difíceis de tratar. A dilatação iterativa per-cutânea apresenta, nalguns casos, bons resultados, reduzindo e diferindo a perspectiva de re-transplante. As trombose e estenose agudas da artéria hepática conduzem à perda do enxerto se não forem diagnosticadas e tratadas com rapidez, sendo as técnicas percutâneas uma terapêutica emergente nesta área. A cooperação multisciplinar é indispensável para o sucesso dos programas de transplantação hepática. A comunicação transplantação/radiologia é indispensável na definição adequada de estratégias terapêuticas.
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