Estatuto do português no mundo atual: reflexões sobre a sua abordagem na formação de futuros profissionais da educação

Uma proficiente comunicação oral e escrita faz parte das competências essenciais a serem desenvolvidas na sociedade do século XXI. Neste contexto, cabe refletir sobre as representações de (futuros) professores acerca da Língua Portuguesa (LP) e da forma como esta é ensinada/aprendida, já que estas t...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Sá, Cristina Manuela Branco Fernandes de (author)
Other Authors: Macário, Maria João (author), Silva, Maria Cristina Vieira da (author)
Format: bookPart
Language:por
Published: 2022
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.19/7168
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipv.pt:10400.19/7168
Description
Summary:Uma proficiente comunicação oral e escrita faz parte das competências essenciais a serem desenvolvidas na sociedade do século XXI. Neste contexto, cabe refletir sobre as representações de (futuros) professores acerca da Língua Portuguesa (LP) e da forma como esta é ensinada/aprendida, já que estas terão repercussões nas aprendizagens dos seus (futuros) alunos. Apresentamos um estudo exploratório tendo por informantes futuros professores em formação, a frequentar o 1.º ano de uma licenciatura em Educação Básica, no ano letivo de 2015/2016. Foram recolhidas as respostas dadas pelos 85 estudantes a um questionário. Recorremos a uma combinação de estatística descritiva (frequências absolutas e relativas) e análise de conteúdo e usámos categorias a posteriori, desenvolvidas em estudos anteriores. Neste artigo, apresentamos os resultados relativos às representações dos estudantes sobre o estatuto da LP no mundo. A sua interpretação revelou que os nossos inquiridos: apresentavam uma conceção da LP com contornos de natureza afetiva; tinham dificuldade em situá-la entre as línguas mais faladas no mundo e no ciberespaço; estavam muito focados no espaço geográfico nacional; definiam lusofonia maioritariamente em função de critérios geográficos; posicionavam-se relativamente ao Português do Brasil de forma ambivalente, oscilando entre uma espécie de amor (resultante do seu contributo para o conhecimento da língua materna da maioria deles) e de ódio (derivado da perda de “pureza” da LP nesse território outrora colonizado por Portugal). Face a estes resultados, é importante pensar formas de promover a educação numa sociedade multicultural e multilingue para uma vivência sociocultural mais consciente, por parte destes futuros profissionais.