A aplicação da musicoterapia numa criança com Espectro do Autismo : estudo de caso

O nosso estudo pretende argumentar a aplicabilidade da Musicoterapia em crianças com Espectro do Autismo, considerando-a como um meio facilitador de socialização e integração e contribuindo para a reabilitação psicossocial destas crianças. Refletindo sobre uma breve visão histórica desta terapia, e...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Azevedo, Juliana Celina Janela de (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2013
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.14/13425
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ucp.pt:10400.14/13425
Descrição
Resumo:O nosso estudo pretende argumentar a aplicabilidade da Musicoterapia em crianças com Espectro do Autismo, considerando-a como um meio facilitador de socialização e integração e contribuindo para a reabilitação psicossocial destas crianças. Refletindo sobre uma breve visão histórica desta terapia, e ponderando o trabalho de um musicoterapeuta, é nosso objetivo perceber de que forma a Musicoterapia promove o desenvolvimento físico, mental, social e cognitivo nas crianças com Perturbação de Espectro do Autismo. A música, cujo efeito sobre a mente é inegável, e é muito utilizada em técnicas de relaxamento, apresenta a vantagem de ser muito apreciada pelas crianças com perturbação do espectro do autismo e por isso a musicoterapia é uma técnica de aproximação a estas crianças. As experiências musicais que permitem uma participação activa (ver, ouvir, tocar) favorecem o desenvolvimento dos sentidos das crianças. Ao trabalhar com os sons, ela desenvolve acuidade auditiva; ao acompanhar gestos ou dançar, ela trabalha a coordenação motora, o ritmo e a atenção; ao cantar ou imitar sons, ela descobre as suas capacidades e estabelece relações com o ambiente em que vive. A metodologia de investigação utilizada é de natureza qualitativa, e a amostragem de conveniência é composta por uma criança, recorrendo a um estudo de caso, com diagnóstico de Perturbação do Espectro do Autismo, a frequentar o Jardim de Infância com idade de 7 anos. Para a obtenção de informações recorremos à aplicação de diferentes técnicas (análise documental, entrevistas, e observação participante) e instrumentos (fichas de anamnese, registo directo) de recolha e análise de dados. Relativamente aos resultados obtidos, estes permitem-nos concluir que a longo prazo, a Musicoterapia desempenha, de facto, um papel activo, facilitador da construção de relações sociais nas crianças com diagnóstico de Perturbações do Espectro do Autismo.