Vinculação e autoconceito em crianças e jovens institucionalizados

As crianças institucionalizadas, expostas desde cedo a experiências adversas, constituem um grupo particularmente vulnerável e com elevado risco de desenvolverem problemas de saúde e de comportamento. Neste contexto, as questões relacionadas com a vinculação e com o autoconceito, com o propósito de...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Costa, Ana Otelinda Sobral (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2017
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.19/4496
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipv.pt:10400.19/4496
Descrição
Resumo:As crianças institucionalizadas, expostas desde cedo a experiências adversas, constituem um grupo particularmente vulnerável e com elevado risco de desenvolverem problemas de saúde e de comportamento. Neste contexto, as questões relacionadas com a vinculação e com o autoconceito, com o propósito de uma intervenção socioeducativa atempada, constituem motivos sólidos para investir neste emergente domínio. O presente estudo de carater quantitativo, correlacional e transversal tem como principal objetivo o estudo das relações entre as representações dos modelos internos de vinculação e os padrões de autoconceito em crianças institucionalizadas. Foi utilizada uma amostra não probabilística ocasional, por conveniência, constituída por 82 crianças com idades compreendidas entre os 8 e os 17 anos de idade (M=12.56, DP=2.708), distribuídas por 52.4% do género masculino (n=43) e 47.6% do género feminino (n=39). Através da aplicação de um questionário sociodemográfico, do Inventário de Vinculação para a Infância e a Adolescência (IVIA) e Piers-Harris Children’s Self- Concept Scale (PHCSCS) V1-6, constataram-se diferenças significativas entre o género e todos os níveis do Autoconceito assim como nos níveis de vinculação evitante e ambivalente, apresentam diferenças significativas relativamente ao género, e no caso da Vinculação evitante também relativamente ao tempo de institucionalização. Não foi possível concluir que não existem diferenças significativas entre os níveis de autoconceito, em função da idade, tempo e motivo de institucionalização. Relativamente aos níveis de vinculação, também não existem diferenças significativas em função da idade, nem dos motivos de institucionalização. Através da utilização de testes correlacionais, apuraram-se correlações positivas e significativas entre a vinculação segura e o autoconceito global, as dimensões de ansiedade, de popularidade, de felicidade, de aptidão física e do estatuto intelectual e uma correlação negativa fraca entre a vinculação ambivalente e o autoconceito no global, assim como no nível da ansiedade, do comportamento e da popularidade.